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Justiça manda trabalhar e Metrô de Brasília volta aos trilhos após 30 dias

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Em assembleia na noite desta sexta-feira 2, os metroviários do Distrito Federal decidiram acatar ordem judicial e retomar as atividades no sábado. Após quase um mês de greve, o metrô do DF voltará a funcionar normalmente no sábado, das 6h às 23h30 e, no domingo, das 7h às 19h. Apesar de retornarem ao trabalho, as negociações entre os trabalhadores e a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) vão continuar.

De acordo com o Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (Sindimetrô-DF), os trabalhadores devem se reunir na próxima semana com representantes da companhia.

Em sessão nesta sexta-feira, o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região firmou um patamar mínimo do qual as negociações devem partir. O reajuste salarial deve ser equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 1,5% e o pagamento da previdência complementar deve começar em janeiro de 2015. Segundo o Sindimetrô-DF, o reajuste salarial equivale a um aumento de 7,5%.

Em publicação na página na internet, o Metrô-DF disse que os avanços determinados pelo TRT “já faziam parte da proposta da companhia antes da greve”.

Por sua vez, os metroviários pretendem ir além do patamar. A diretora da Secretaria de Assuntos Jurídicos do Sindimetrô-DF, Tania Viana, disse que serão mantidos os 44 itens da pauta de reivindicações. Entre eles, a correção de distorções salariais do plano de carreira, redução de jornada de oito para seis horas e reajuste salarial de 10% para todos os empregados. Outra demanda dos trabalhadores é a implantação do plano de previdência, mais segurança e manutenção do sistema.

A categoria estava em greve desde o dia 4 de abril. A partir do dia 10 de abril, a paralisação chegou a ser suspensa por 48 horas depois de audiência de conciliação. No dia 15, uma liminar do TRT determinou o funcionamento e circulação de 50% dos trens no DF, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. De acordo com o sindicato, a decisão foi cumprida.

Nesta sexta-feira, o tribunal julgou a greve como não abusiva, mas determinou a volta dos trabalhadores. Caso isso não ocorra, tanto o sindicato quanto a empresa estão sujeitos a multa diária de R$ 20 mil. O tribunal também estipulou o pagamento integral aos trabalhadores dos dias parados e a compensação das horas não trabalhadas desde o dia 14 do mês passado. A forma de compensação será definida nas negociações.

Mariana Tokarnia, ABr

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