Ah, ministro...
Karaokê da vida, Barroso é a vida que imita a arte
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Olha, logo no início quero deixar claro que eu tenho muitas divergências políticas com o ministro Barroso. E tudo bem, né? Divergência faz parte da vida, ainda mais num país como o nosso, onde todo mundo tem uma tese pra tudo — do Supremo ao grupo de WhatsApp da família.
Mas hoje não é disso que eu quero falar.
O que sempre me chama atenção no Barroso não é o voto, é o after. De vez em quando, eu tô lá rolando o feed, distraída, e, de repente: Barroso cantando, Barroso dançando, Barroso soltando um “paz e amor”, que, sinceramente, não combina nem um pouco com o peso da toga. E eu me pego pensando: “Rapaz, esse homem sabe viver.”
Porque vamos combinar: o Judiciário exige aquele tom sisudo, aquela formalidade toda, o vocabulário que parece que saiu direto de um livro de Direito Romano. Mas o Barroso, não — o Barroso, quando larga o voto e pega o microfone, parece um tio animado na festa de formatura da sobrinha. E eu admiro isso.
Isso sem falar nas frases emblemáticas que, de vez em quando, ele solta, e eu sei decoradas.
“Você é uma pessoa horrível, uma mistura do mal com o atraso…” Essa eu vivo repetindo em tom de brincadeira. E tem o famoso “perdeu, mané”, que virou meme eterno.
No fundo, acho que ele entendeu algo que muita gente ainda não percebeu: a vida é mais do que embargos e petições. É também dar uma dançadinha desajeitada num evento, soltar a voz num karaokê e, principalmente, saber rir de si mesmo.
Se eu concordo sempre com o Barroso? Nem de longe.
Se eu adoraria estar na mesa do bar com ele? Com certeza.