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'Comboio do Cão'

Líder de Esquadrão da Morte em Brasília pega 9 anos de cadeia

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição - Foto Reprodução

O criminoso Wiliam Peres Rodrigues, líder do grupo conhecido como ‘Comboio do Cão’, foi condenado por três juízes de Varas Criminais do Tribunal de Justiça a nove anos, nove meses e 22 dias de prisão, em regime inicial fechado. A quadrilha que ele comandava agia em diferentes regiões administrativas do Distrito Federal e cidades do Entorno. A facção criminosa também coordenava um Esquadrão da Morte.

Na denúncia oferecida por um grupo de promotores, segundo informações do TJDFT, o acusado, conhecido como “Wilinha ou Pai Velho”, seria a liderança mais perigosa do grupo criminoso e teria sido apontado por um colaborador como autor de diversos homicídios ou tentativas contra seus rivais e desafetos. Wiliam foi preso em flagrante por policiais militares, portando arma de uso restrito e identidade falsa, após uma perseguição no Riacho Fundo.

A sentença foi proferida em uma das ações penais decorrentes da “Operação Rosário”, que tiveram que ser desmembradas para facilitar a instrução dos processos. O órgão de 1ª instância que proferiu a mencionada sentença foi instalado com base no artigo 1º, §1º da Lei 12.694/2012, que permite o julgamento colegiado em primeiro grau de jurisdição de crimes praticados por organizações criminosas. A Corregedoria do TJDFT regulamentou a criação do órgão colegiado por meio da Portaria 78 GC de 05/06/2017.

Entenda o caso
As investigações realizadas pela “Operação Rosário” apontaram que a referida organização criminosa foi constituída por detentos do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, em associação com delinquentes em atividade de rua, entre os anos de 2007 a 2013, com relação de lealdade e com o objetivo comum de obter lucro com atividades ilícitas e prestígio no submundo do crime.

As atividades criminosas se concentraram inicialmente nas Regiões Administrativas do Riacho Fundo I e II e expandiram-se progressivamente para Gama, Santa Maria, Ceilândia e Taguatinga e, atualmente, têm influência em todo o território do Distrito Federal, além de diversos municípios do entorno de Goiás. O grupo era conhecido por ser extremadamente violento, ter grande poder de fogo e eliminar seus desafetos, testemunhas ou rivais para garantir o controle territorial da atividade criminosa do tráfico de drogas.

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