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Barreira no Rubicão

Lira pede cabeça de Alexandre e Lula convoca os seus centuriões

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José Seabra - Foto de Arquivo/Marcelo Camargo/ABr

Arthur Lira esteve ao lado de Jair Bolsonaro até aos 97% das urnas apuradas no dia 30 de outubro do ano passado. Pragmático, tirou da algibeira um dólar furado. No cara ou coroa, deu Lula. Salomé das Alagoas, pragmático, foi, então, dos primeiros bolsonaristas a cumprimentar o adversário pela vitória. Como era seu desejo continuar presidindo a Câmara, sinalizou para que lideranças do fisiológico Centrão fizessem o mesmo. Lira conseguiu, assim, bater o martelo e sacramentar o resultado eleitoral antes mesmo da manifestação oficial do TSE. Agora, depois de consumir uma daquelas cocadas de Bezerra da Silva, o deputado se vestiu de Salomé, exigindo a cabeça de Alexandre, o Grande. Lula, porém, não é Herodes para cair no canto da sereia. E chamou seus centuriões a Brasília. Arthur Lira entendeu o recado. E sabe que, se tentar atravessar o Rubicão e bater de frente com o Imperador do Povo, a cabeça a ser cortada será a dele.

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