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Londrina tem banho de sangue após a morte de um soldado da Polícia Militar

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Danilo Marconi

Onze pessoas foram executadas depois da morte de um soldado do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Londrina, no norte do Paraná. Os assassinatos ocorreram num intervalo de seis horas, entre a noite de sexta-feira e a madrugada deste sábado (30). O soldado Cristiano Luiz Botino (33) foi baleado dentro do próprio carro, quando retornava para casa, numa avenida do Conjunto Milton Gavetti.

Este foi o segundo atentado registrado contra agentes públicos nesta semana em Londrina. O ataque, segundo fontes do setor de segurança pública, tem autoria comprovada de membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Numa espécie de reação a morte do policial, minutos depois, também na zona norte da cidade, cinco jovens foram baleados dentro de uma mesma casa – três morreram na hora.

Nas horas seguintes, assassinatos foram registrados nos quatro cantos da cidade e em três municípios da Região Metropolitana de Londrina. O Instituto Médico Legal (IML) recebeu, ao final da noite, doze corpos. Os hospitais de plantão atenderam outras 16 pessoas baleadas.

O delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Sebastião Ramos, não se pronunciou oficialmente sobre os crimes. Nas redes sociais, emitiu recado proibindo qualquer reunião entre investigadores e agentes da Polícia Militar e Guarda Municipal. O comandante do 5º BPM, tenente-coronel José Luiz de Oliveira, também não se expressou. Por meio de nota, o secretário da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, determinou “empenho máximo e rigor das equipes policiais na apuração dos casos ocorridos em Londrina e região”. A secretaria não cita se investiga ou não atuação de milícia policial neste caso.

A série de execuções gerou uma reação imediata. Interceptações telefônicas realizadas por fontes policiais mostram que o PCC vai reagir. Numa gravação, um membro da facção considera as mortes uma “deselegância extrema contra nossos irmãos” e ordena um “salve geral para matar polícia”.

Em resposta a chacina, a Secretaria Estadual de Segurança Pública encaminhou para a cidade profissionais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Devido a gravidade dos acontecimentos, o comandante da PM do Paraná também virá para Londrina, o Coronel Maurício Tortato também se deslocou para Londrina.

Segundo atentado – Este foi o segundo atentado contra agentes públicos, nesta semana, em Londrina. Na última segunda-feira (25), um soldado foi baleado na porta de uma farmácia, no Conjunto Vivi Xavier, na zona norte de Londrina. Ele levou três tiros, mas resistiu aos ferimentos.

Oito pessoas foram mortas misteriosamente depois do atentado contra este soldado. A Polícia Civil informou que algumas das mortes estavam ligadas a uma briga entre rivais que disputavam pontos de tráfico de drogas.

No entanto, a participação de policiais não foi descartada. “Se porventura comprovarmos o envolvimento, seja de policiais civis ou militares nos homicídios, eles terão que responder pelos crimes que praticaram”, afirmou o delegado-chefe da 10ª SDP, Sebastião Ramos, em entrevistada à RICTV, afiliada da Rede Record. A Polícia Civil ainda não esclareceu nenhuma autoria desses crimes ocorridos nesta semana na cidade.

estadao

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