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Se reeleito...

Lula terá o STF como contraponto à hegemonia da direita no Congresso

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Arimathéia Martins - Foto de Arquivo

Nunca na história deste país as divergências entre direita, esquerda e extrema-direita foram tão letais. No período mais negro da política brasileira, no qual a briga pelo poder ultrapassa todos os limites do bom senso, as instituições estremecem, o povo enlouquece, o ódio cresce, o crime apetece e ninguém aparece. Pelo contrário. A ordem é, dos bastidores, minar as instituições, de modo que os barões dos negócios escusos se apossem definitivamente do poder.

Um dia sim e outro também sempre há um fariseu fantasiado de parlamentar, presidente de partido ou de candidato a Deus jogando lenha na fogueira das vaidades para ver o que acontece. Meter os pés pelas mãos faz parte do jogo de azedar o que está posto, de modo a atingir o objetivo final, que é o liberou geral, inclusive dos terroristas condenados pela barbárie de 8 de janeiro de 2023, incluindo o presidiário Jair Bolsonaro.

Quem duvida, me dê uma única razão para que o presidente da Câmara, Hugo Motta tenha pautado justamente agora o projeto que reduz em até 50% a pena dos vândalos da Praça dos Três Poderes. É claro que Jair Bolsonaro seria o maior beneficiário dessa baboseira que provavelmente será barrada pelo Supremo Tribunal Federal. Votem o que quiserem, mas deixem o Brasil por conta dos brasileiros.

As tais excelências roubaram a paz da sociedade e se apoderam diariamente do dinheiro público. No entanto, independentemente da corrente ideológica, jamais roubarão a graça, o prazer e a vontade do povo em continuar lutando por dias melhores. Hoje, a bizarria é a certeza de tudo que sobe um dia cai. O quase ex-deputado Eduardo Bolsonaro é o exemplo da afirmação. Sua ofensiva internacional contra o país e contra Luiz Inácio gorou, isto é, fez água.

O naufrágio da estratégia levou para o fundo do poço o clã que, embora falido politicamente, já se achava o dono do pedaço. Depois de todas as frustradas tentativas do bolsonarismo em se fixar no Brasil, a expectativa dos mais comedidos é simples e palpável. Do mesmo modo que melou a ideia de esvaziar o governo Lula, melará o sonho de ocupar econômica, política e criminosamente as principais instituições brasileiras, a começar pelo Supremo Tribunal Federal.

Se reeleito, Lula indicará mais três ministros para as vagas de Luiz Fux (2028), Cármen Lúcia (2029) e Gilmar Mendes (2030). Os novos se juntarão a Cristiano Zanin, Flávio Dino, Jorge Messias (?) e a Alexandre de Moraes, cujo posicionamento nunca será à direita. A soma indica maioria, ou seja, ainda que a extrema-direita se mantenha hegemônica no Congresso Nacional, o STF será o bastião e o contraponto de Luiz Inácio a partir de 2026.

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