Presente de Deus
Mãe, três letrinhas, nada mais; e no coração dela, cabe o infinito
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Rainha do lar, rainha de todas as flores, presente de Deus, dádiva que nos transforma e nos completa, mistura maravilhosa de cansaço e de realização, fonte de inspiração, defensora, cuidadora e protetora. Tudo isso simboliza a minha, a sua, as nossas mães. Ser mãe é descobrir que o seu coração pode bater fora do peito. Ser mãe é ter o poder de gerar, nutrir, proteger e educar uma nova vida. O amor de mãe é o combustível que capacita um ser humano comum a fazer o impossível para se tornar um exemplo para a mãe.
Amamos nossas mães quase sem saber. É ela que nos acolhe e nos ensina o que, às vezes, teimamos em não aprender. O amor de mãe é incondicional, é luz, é paz. Ele não precisa ser merecido, pois é um sentimento ousado e que não obedece leis ou piedade. É o amor que vence preconceitos, supera limites, enfrenta desafios e nos ajuda a participar de disputas mesmo sem estarmos preparados. O amor de uma mãe não faz o filho depender dela, mas o ensina a voar.
Só nos damos conta da profundidade das raízes desse amor no momento da derradeira separação. Aos que, como eu, já sofreram por isso, não custa lembrar que devemos tudo aquilo que somos a um anjo chamado mãe. Lamento não ter mais a minha. No entanto, sempre que posso – e não apenas no Dia das Mães – reflito sobre as incertezas desse mundo hediondo, no qual a única certeza palpável é o amor de uma mãe.
Não nos esqueçamos jamais que Deus não pode estar em todos os lugares. Por isso, ele fez as mães. São nossas âncoras. É delas o dom da criação, da doação e da compreensão. Lembremos sempre que o maior presente da vida não vem embrulhado. Ele vem no sorriso e no carinho de uma mãe. Ser mãe é verbo. Ser mãe é ação. Se o amor tivesse um nome, com certeza seria mãe. Eis a razão da máxima de que um dia para você é muito pouco.
Como disse o poeta Mário Quintana, “Mãe! São três letras apenas as desse nome bendito. Três letrinhas, nada mais… E nelas cabe o infinito. É uma palavra tão pequena, confessam mesmo os ateus. É do tamanho do céu e apenas menor do que Deus…” Aproveitando a verve poética do mestre, eu digo que toda mulher tem o brilho de uma estrela no olhar, mas qualquer mãe tem uma constelação inteira. Que a beleza das flores, a doçura do mel e o brilho das estrelas envolvam todas as mães ao longo das 24 horas deste lindo dia.
Ter mãe é ter tudo. É ser feliz e ter força para lutar contra todos. Quem tem mãe tem vida. Não tenho mais a minha. Todavia, tenho certeza de que ela está e estará comigo, mesmo que o resto do mundo me vire as costas. Obrigado, mãe. Queria lhe dar um presente, mas não existe correio que possa levá-lo até o céu. É nesse momento que eu queria ter asas iguais às suas. Não importa. Feliz Dia das Mães. Que a luz de Deus brilhe sempre nos seus olhos e no caminho de cada mãe. Afinal, como esquecer que todas as mais lindas histórias de nossas vidas foram escritas por vocês, Mães.
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Armando Cardoso é presidente do Conselho Editorial de Notibras
