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Matem o morcego nas urnas

Maia, o vampiro que suga o sangue de Jair Bolsonaro

Publicado

Autor/Imagem:
Major-brigadeiro Jaime Sanchez

Morde e assopra é uma expressão popular para identificar uma pessoa hipócrita que ataca a outra com atos ofensivos e muda de atitude para dissimular o seu ataque. Acredita-se que essa expressão advém do comportamento dos morcegos, que supostamente assopravam a ferida para aliviar a dor de sua presa, mas consta que, na realidade, sua saliva é analgésica.

Esse tem sido o comportamento do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, desde o início do governo Bolsonaro. A última semana foi marcada por uma reação sua, envolvendo a denúncia pelo ministro da Educação de fatos abomináveis que ocorrem no âmbito das universidades federais e que são frequentemente divulgados nas redes sociais e ocultados pela mídia tendenciosa, antipatriota e incompetente.

Os ataques midiáticos desse morcego chileno ao presidente e a tudo que lhe diz respeito são seletivamente desfechados através de críticas depreciativas e inconsequentes, sempre em busca de um protagonismo que não lhe caberia, não fosse o arremedo de Constituição Federal que nos rege.

A primeira investida foi de total desrespeito às Forças Armadas, quando afirmou: “o Brasil já quebrou, os militares estão querendo entrar na festa no finalzinho, quando já está amanhecendo, a música já está acabando, não tem mais ninguém para dançar”, referindo-se ao projeto de reestruturação da carreira militar.

Em outra ocasião, afirmou levianamente que “nós estamos com a estrutura das Forças Armadas desabastecidas e o Brasil não tem condições de segurar 24 horas de confronto com a Venezuela.” (só para lembrar, as Forças Armadas do Brasil ocupam o 13º lugar no ranking mundial de 2019 e a poderosa Venezuela está no 43º lugar).

Na primeira afirmação, referia-se provavelmente à farra que promovem no Congresso Nacional para a distribuição delituosa dos recursos públicos. No segundo caso, omitiu o fato de os orçamentos militares serem cortados e contingenciados por Suas Excelências, ano após ano, sob a pífia alegação da baixa possibilidade de um conflito externo, ignorando a importância da cobiça estrangeira sobre as riquezas da Amazônia; o valor estratégico dos produtos contidos no mar territorial; e que o mais efetivo meio de prevenção de conflitos é a dissuasão.

Enquanto isso, as famigeradas emendas parlamentares e as verbas de campanha só fazem crescer. Quanto patriotismo!

Ainda assim, o governo federal impõe seguidas missões às Forças Armadas, de todas as naturezas, muitas vezes sem repassar os recursos necessários para o seu desempenho, que são prontamente atendidas.

Prosseguindo sua campanha, vieram os ataques aos ministros, suas plataformas políticas e seus projetos de Lei.

Com o ministro Sérgio Moro, demonstrou toda a sua soberba ao afirmar: “funcionário do presidente Bolsonaro, fala com o presidente e, se ele quiser, fala comigo”, respondendo a uma declaração de Moro sobre a possibilidade de o projeto anticrime tramitar junto com o da Previdência: “Vou conversar respeitosamente com o presidente da Casa”.

Esqueceu-se que é um reles herdeiro do nome do seu pai e fruto da baixa capacidade do carioca de escolher seus representantes. Lembre-se também de que ambos têm muito o que esclarecer perante a justiça e a sociedade, desde que o foro privilegiado e a cumplicidade com o STF não jogue seus processos no lixo da prescrição.

Com o mesmo espírito de humildade e colaboração, desidratou o pacote anticrime, depois de a Câmara dos Deputados haver desfigurado o projeto das 10 medidas contra a corrupção, de iniciativa popular, e desenterrado o “abuso de autoridade”, um escudo de impunidade para o seu criador, “Renan Calhorda”, votado em regime de urgência, na calada da noite.. Essa foi uma verdadeira blitz em favor do crime organizado.

Em campanha velada para 2022, apesar de estar sendo cogitado apenas para a vice-presidência, procura desgastar a imagem do presidente e daqueles que poderão vir a ser seus concorrentes, com comentários sarcásticos e descabidos à mídia, como quando comparou divulgações de diálogos e depoimentos pela justiça com o vazamento das mensagens publicadas pelo The Intercept Brasil: “Quando é para beneficiar um lado, é bacana, mas quando é para beneficiar o outro lado, aí não pode?”.

Esquece-se de que aquele “lado bacana” é a justiça, que defende a sociedade e que foi atacada por hackers. Já o “outro lado” é a contravenção que, neste caso, está sendo defendida por Vossa Excelência, como vem sendo feito por muitas outras autoridades que teimam em querer protegê-la.

Agora, Inexplicavelmente, reage contra a revelação de fatos graves de conhecimento público, que vêm ocorrendo no âmbito das universidades federais, observados inclusive nos níveis de ensino médio e primário, envolvendo consumo e até plantio e manipulação de drogas; bacanais regados a droga e bebidas alcoólicas; sexo filmado nas dependências da escola; violência; depredação de patrimônio; agressão a professores e alunos não alinhados com o sistema; fraudes na merenda escolar e nas provas de avaliação educacional externa; e outras distorções, sem qualquer reação por parte das reitorias, fruto de um profundo e cientificamente planejado aparelhamento do setor, consoante a doutrina do foro de São Paulo, para destruir a educação, a cultura e a família, com o apoio intenso da mídia marrom, intelectuais e artistas financiados com recursos públicos.

A política da “pátria educadora” levou o ensino brasileiro a um dos últimos lugares no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, onde estamos estagnados há mais de uma década, atrás de todos os países latino-americanos.

Está sendo urdida a manobra para a reeleição indevida e irregular dos atuais presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. A sociedade tem que estar atenta para pressionar e impedir que isso ocorra, sob o risco de repetirmos as experiências nefastas com Renan Calheiros e Eduardo Cunha.

Desses, apenas um tumor foi extirpado. O outro continua espalhando células malignas no organismo da Nação, reeleito pelo coronelismo e pela ignorância política do nordestino, refém das migalhas de seus eleitos, e protegido pela morosidade perversa da Suprema Casa da Mãe Joana.

Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.

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