Ir além do que tem
Marina cobra ação dura para Nordeste ter água potável e saneamento
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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse nesta segunda-feira (26) que para que o país cumpra a meta de universalização do saneamento básico até 2030, é preciso ir além do que já existe na lei.
“É preciso que se tenha decisão política, que se priorize essa decisão política, que se preocupe em fazer com que essas priorizações possam ter indicadores de esforço, que sejam materializados em recursos financeiros, recursos humanos e ecológicos, na capacidade de articulação e em uma visão prospectiva e de inovação tecnológica”, disse a ministra.
A declaração foi dada durante uma palestra magna no 33º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária Ambiental, em Brasília, onde Marina reforçou que o país precisa priorizar o tema.
“Saneamento básico é falar de saúde, de desenvolvimento, de geração de emprego e renda, é falar até em melhora de educação para as nossas crianças”, diz.
De acordo com o Painel do Saneamento do Instituto Trata Brasil, quase 16% da população brasileira não tem acesso à água potável e 44,5% vive sem coleta de esgoto. Os dados são do Sistema Nacional de Saneamento, de 2021, os mais recentes disponíveis. Desse total, a grande maioria se encontra no Nordeste.
A ministra diz que o desafio do saneamento no país exige um imenso trabalho de articulação entre os setores público e privado, a sociedade civil e a comunidade científica, para que as leis sejam tiradas do papel e transformadas em benefício econômico, social, ambiental, cultural e, até, civilizacional.
“Eu quero é mesmo ver os indicadores de esforço, e que isso se reflita não só na ação dos executivos, o governo federal, estadual e municipal, mas também no nosso Congresso, que aprova as leis e que conta com emendas impositivas que se traduzem em trilhões de reais“, lembrou.