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Sucessão na OAB

Máscaras escondem votos verdadeiros da eleição

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Autor/Imagem:
Renata Amaral e Raquel Bartoholo/Foto de Arquivo

Alguns colegas advogados e advogadas estão promovendo grandes encontros presenciais nesta fase de pré-campanha das eleições para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que ocorrerão em novembro. Embora nas fotografias oficiais os grupos apareçam com os rostos cobertos com máscaras verdes ou laranjas, em registros feitos pelos próprios pré-candidatos, observamos que ao longo dos encontros, realizados via de regra em locais fechados, as máscaras de pano são dispensadas, colocadas apenas como mera simulação de cuidado no momento da foto.

Os grandes almoços, jantares e festas são parte da estratégia da velha política reiterada na OAB para angariar eleitores. Mesmo antes da pandemia iniciada no ano passado, que obrigou o Brasil e o mundo a adaptar as relações sociais, já apresentávamos as nossas críticas a esta forma de fazer política, mais uma face da desigualdade econômica que interfere diretamente nos resultados do pleito.

Considerando o atual contexto, precisamos ainda mais deixar explícita a nossa indignação com as aglomerações. A OAB foi protagonista do grande movimento cívico que, preocupado com o abuso do poder econômico, ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para declarar inconstitucional o financiamento privado das campanhas eleitorais. Todavia, internamente, não pratica o que discursa.

Estamos acompanhando pré-campanhas milionárias, que abusam do poder econômico ao financiar atividades com megaestruturas regadas a comidas e bebidas sem custo aos participantes.

Nós, da Ordem Democrática, reivindicamos que o Conselho Federal da OAB, com urgência, regulamente as pré-campanhas, limitem os gastos excessivos, restabelecendo a isonomia entre as pré-candidaturas, o que é uma exigência do nosso Estado Democrático de Direito.

O avanço na vacinação do Distrito Federal é notícia a ser celebrada, afinal a vacina é a luz no fim do túnel que a pandemia nos meteu. Contudo, ela não é garantia de volta à normalidade. Vacina é estratégia de proteção coletiva, não individual. Estamos todos cansados, exaustos e ansiosos, mas infelizmente a pandemia não responde ao nosso cansaço e, sim, a estratégias inteligentes e coordenadas de prevenção ao contágio.

Vários países que haviam adotado medidas de flexibilização e flertavam com a reabertura total precisaram adiar os planos ou até mesmo endurecer as medidas de isolamento social, nas últimas semanas, para tentar conter o avanço da variante Delta, que coloca em xeque, inclusive, a eficácia da vacinação.

Desde o começo da pandemia, o Brasil teve a oportunidade de ver os acertos e os erros de outros países, dispondo de todos os meios para antecipar-se e adotar ações para salvar vidas. Porém, os interesses políticos, financeiros e pessoais continuam impedindo a adoção de medidas respaldadas em critérios científicos. Vemos isso nas atitudes açodadas por parte dos governos e da população na flexibilização da segurança em momento crítico de contágio.

Continuaremos celebrando cada dose de vacina aplicada e esperando o momento seguro para poder abraçar todos e todas, ansiando pela oportunidade de reunirmo-nos para comemorar a vida e, também, para lamentar as tantas que perdemos desde março do ano passado. Nosso projeto político é comprometido com a vida, com a responsabilidade social e a sanitária. Não fecharemos os olhos ou simularemos qualquer condição de normalidade.

Uma política nova e responsável é a proposta do Movimento Ordem Democrática. Por isso, reafirmamos o nosso compromisso com a vida, pedimos a todos e todas que não promovam aglomerações e pedimos que, se puderem, continuem adotando as medidas necessárias para conter o avanço da doença, usem máscaras adequadas e posicionem-se contra o negacionismo científico.

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