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Marcela não quer

MDB terá candidato, avisa Temer. Mas ele não entra na disputa

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Autor/Imagem:
Daniel Weterman

O presidente Michel Temer disse, em entrevista à RedeTV! exibida na noite desta segunda-feira, 5, que o MDB pensa em ter candidato próprio ao Planalto na eleição de outubro. Temer afirmou ainda que não pensa em ser candidato à reeleição e que a primeira-dama, Marcela Temer, não gostaria que ele se lançasse na disputa. A entrevista foi gravada na sexta-feira.

“Há essa perspectiva. Evidentemente, o MDB, com a capilaridade que tem em todo o País, pensa numa candidatura própria”, disse Temer. O presidente afirmou, no entanto, que não cogita ser o candidato. “Eu não penso nisso. Meu desejo é fazer uma gestão (. .) histórica.”

Temer repetiu que é preciso ter um candidato “que defenda o legado” do governo, e mais uma vez desafiou opositores a discursarem contra sua gestão durante a campanha eleitoral. O emedebista evitou, no entanto, comentar cenários eleitorais. “Estamos muito no começo, só lá na frente é que vamos ter um quadro real.”

Temer comentou sobre sua falta de popularidade. “Eu não quero unanimidade. [Se] o sujeito não vai com minha cara, paciência. Se tiver bons ouvidos, pode ouvir meus argumentos e começar a ir com a minha cara”, comentou. Para Temer, a população “começa a sentir a partir de agora” os efeitos positivos de sua gestão.

Contas públicas. Durante a entrevista, o presidente admitiu que o governo poderá rever a regra de ouro. A norma impede o governo de tomar dívida para financiar gastos correntes “Ao longo do ano, se for o caso, poderá haver alguma modificação, de natureza legislativa, constitucional.” Temer insistiu que o governo está reduzindo despesas e que, com a regra do teto de gastos, há a expectativa de o valor arrecadado se igualar ao valor gasto em aproximadamente dez anos

Cristiane Brasil – Perguntado sobre a tentativa de nomear a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho, frustrada por uma sequência de decisões judiciais, Temer disse que vai aguardar a definição do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente comentou que fará a reforma ministerial em abril, quando os ministros que querem disputar as eleições devem se desincompatibilizar dos cargos. “Ali vou verificar qual composição eu faço”, disse.

Semipresidencialismo – Defensor de uma mudança no formato de governo, Temer disse que é provável que sua gestão proponha, ainda em 2018, uma emenda constitucional para estabelecer o semipresidencialismo no País, para vigorar a partir de 2022. O presidente disse estar conversando com o ministro Gilmar Mendes, do STF, e com outros “companheiros” para formular o conteúdo da proposta. “A vantagem disso é que você divide responsabilidades com o Poder Legislativo, que seria mais atuante nas questões de governo.”

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