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Médico condenado a indenizar vendedora em R$ 50 mil por racismo

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O médico Heverton Octacílio de Campos Menezes foi condenado a indenizar uma funcionária de um cinema em um shopping da Asa Norte pelo crime de injúria racial. O valor da indenização foi fixado em R$ 50 mil mais os custos do processo. O médico recorreu da decisão.

Segundo a decisão, Menezes “adotou um comportamento desrespeitoso com a autora, constrangendo-a com agressões verbais, inclusive fazendo referência à sua etnia”. A denúncia do Ministério Público aponta que, em 29 de abril de 2012, o médico solicitou atendimento preferencial na fila do cinema Cine Cultural e, inconformado com a recusa, ofendeu a funcionária.

“O seu lugar não é aqui, lidando com gente, por isso você é dessa cor. Você deveria estar na África cuidando de orangotangos”, disse Menezes, ainda segundo a denúncia do Ministério Público. No processo, a vítima afirmou que testemunhas chegaram a acionar a segurança, mas o médico fugiu correndo do shopping.

Segundo a sentença do tribunal, o médico afirma que foi orientado pela funcionária a se dirigir para o “rabo da fila, que era lugar de velhotes bichonas”, e que foi vaiado e humilhado por pessoas que testemunharam a discussão.

Na decisão, a juíza afirma que os fatos causaram grande transtorno à atendente. “Na verdade, causariam a qualquer cidadão de bem. A grande repercussão na mídia sugere o sentimento de indignação coletiva em face da conduta abusiva do réu. A forma como destratou a autora demonstra um sentimento intrínseco de superioridade, não somente em relação à cor da pele, mas também em face da sua condição social”, afirma a decisão.

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