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Médicos recusam salários parcelados e decretam greve geral

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No mesmo dia em que a Justiça determinou o fim da greve dos auxiliares de saúde, os médicos, principal peça da engrenagem, decidiram cruzar os braços. De acordo com o Sindicato da categoria, apenas os atendimentos nas emergências e urgências serão mantidos. Consultas e outros procedimentos agendados estão suspensos. A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite desta quinta (15).

Na semana passada, a categoria já havia aprovado indicativo de greve. Os profissionais exigem a quitação das pendências financeiras do governo com a classe médica, que rejeita o parcelamento proposto pelo Palácio do Buriti.

“Nós precisamos resgatar a cidade, inclusive com respeito ao ordenamento jurídico. A lei prevê que o salário tem que sair até o 5º dia útil do mês, temos contas a pagar”, disse. “O GDF universalizou a insatisfação dos servidores, não só dos médicos”, disse Gutemberg Fialho, presidente do Sindicato.

Segundo Fialho, a greve continuará até pelo menos a próxima quarta-feira (21), quando uma nova assembleia está marcada. Enquanto a greve continua, a orientação do sindicato é que haja atendimento somente na emergência dos hospitais. “Essa é a orientação. A interlocução com o governo é constante, temos que construir uma solução para isso, desde que não se cometa ilegalidades.”

No sábado (10), todos os servidores da saúde receberam os salários relativos ao mês de dezembro que deveriam ter sido pagos no dia 8. O governo do Distrito Federal (GDF) diz ter repassado R$ 409,44 milhões, vindos do Fundo Constitucional, depositado pela União. Os trabalhadores, no entanto, seguem cobrando o pagamento de benefícios, como o 13º salário de profissionais que aniversariam em dezembro, férias dos médicos e horas-extras de outubro e novembro de 2014.

Nesta quinta, o governo apresentou uma proposta a todos os servidores da saúde para dividir o pagamento de férias, 13º salário e gratificação de Natal até junho deste ano. O presidente dos Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho, disse que a decisão não leva em conta os compromissos dos trabalhadores.

“É um problemão, uma situação super complicada”, afirmou. “As pessoas têm compromissos no início do mês. Quem ganha mais, não quer dizer que não tem compromissos. Como que fica? E os juros? É uma situação difícil da categoria aceitar, principalmente durante esse período que estamos com atrasados a receber.”

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