Lágrimas secas
Memórias de hoje são pensamentos que refletem o espelho quebrado do ontem
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Hoje, escrevo para abraçar memórias que dançam em meu coração, pensamentos que refletem o espelho quebrado do ontem.
Lágrimas secas são cristais salgados que adornam meus olhos, enquanto o coração lamenta palavras lançadas como flechas no vento. Os ecos do passado sussurram como fantasmas que também tecem a história.
Com a tinta do abandono, cada letra é esculpida como um punhal na alma.
O tempo, implacável guardião, não perdoa; a distância, cruel amante, tortura; a solidão, fiel companheira, encontra abrigo entre as ruínas das lembranças.
O abandono de quem mais amamos é como uma rosa que sangra; suas pétalas, embora belas, carregam espinhos que perfuram a alma. A saudade é um laço de seda que aperta suavemente, enquanto a ausência rasga a essência de um coração despedaçado. Neste instante, a vida transforma-se em poesia, moldada com lágrimas que escorrem como rios silenciosos.
Poesia que o vento, ávido e apaixonado, carrega entre vales e vertentes, levando consigo histórias que desenham páginas eternas. Essa solidão dolorosa traz de volta o doce aroma de tempos distantes, onde lágrimas secas banham a alma e despertam sentimentos adormecidos como flores no inverno.
