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Mendes ironiza os partidos da base aliada, que já instituíram, diz, a “contribuição empresarial”

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O ministro Gilmar Mendes afirmou nesta quarta-feira (16), em sessão de julgamento no Supremo Tribunal Federal, que a proibição de doações de empresas a partidos políticos iria levar à “falência” da oposição e criticou duramente o PT, partido da presidente Dilma Rousseff.

Isso porque, segundo Mendes, os esquemas de corrupção descobertos pela operação Lava Jato já financiariam os partidos da base do governo. “Nós estaríamos decretando a falência de qualquer sistema de oposição. Porque o partido da situação não precisa de dinheiro”, afirmou o ministro. “Bendita Lava Jato. Porque deitou luz sobre esse caso”, disse.

O STF retomou hoje o julgamento, com a leitura do voto de Mendes. O ministro tem se posicionado favoravelmente à possibilidade de doações de empresas a campanhas e partidos políticos.

Sem citar diretamente o Partido dos Trabalhadores, que apoia publicamente o financiamento público de campanha e foi o principal atingido pelo escândalo do mensalão, o ministro fez críticas à legenda.

“É um partido de vanguarda. Porque instalou um financiamento público de campanha antes de sua aprovação”, disse. “Dinheiro da Petrobras diretamente para alimentar as atividades partidárias. Ninguém tinha pensado nisso”, afirmou. Pouco antes, Mendes havia comparado o esquema investigado pela operação Lava Jato com o mensalão. “Se formos rigorosos , daqui a pouco o mensalão terá que ser julgado em pequenas causas”, disse.

Mendes fez referência ainda às suspeitas apontadas pelas investigações de que os partidos ficariam com 3% de propina dos contratos firmados com as empreiteiras participantes do esquema. “Logo, o partido pode disputar eleições sem financiamento público, sem financiamento privado”, afirmou o ministro.

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