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Aparando arestas

Mensagem estranha de Bolsonaro para Toffoli

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Autor/Imagem:
Marta Nobre

Está nas mãos de Dias Toffoli, presidente do Supremo, uma mensagem que teria sido enviada pelo presidente Jair Bolsonaro. O texto não tem assinatura, mas nele fala-se sobre ataques ao Supremo e ao Congresso, que não se justificam e que, portanto, devem ser evitados. E indaga se, na eventualidade de o ‘capitão’ ser retirado do Planalto, qual general iria ocupar a cadeira?

Na mesma mensagem, sobre a qual a Presidência não havia se manifestado atá a edição desta matéria, condena-se a promulgação de um ato semelhante ao AI-5 – o mais arbitrário do período do regime militar -, e diz que o povo deve exigir seus direitos, desde que respeitados os preceitos da Constituição.

Publicada originalmente pelo jornal O Estado de São Paulo, a mensagem supostamente enviada por Bolsonaro seria uma sinalização de pacificação entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Os dois poderes estão em rota de colisão. O presidente da República reclama de atos da Corte, e a Corte, por sua vez, não engole decisões do presidente.

Leia a íntegra da mensagem:

Aqueles que pedem Intervenção Militar (Art. 142) ANTES, devem decidir qual General ocupará a cadeira do Capitão Jair Bolsonaro.

Aqueles que pedem AI-5 ANTES, devem mostrar onde está na Constituição tal dispositivo.

Toda manifestação é justa e garantida em nossa CF, portanto vão para as ruas, mas tenham uma pauta real, objetiva, com foco na missão.

Não ataquem Presidência, Supremo ou Congresso, mas aquilo que você julga que deve ser mudado.

Exijam ações, cobrem votações, critiquem sentenças, vocês atingirão seus objetivos.

O próprio Presidente tem dito que deve lealdade ao povo, assim como as Forças Armadas.

Unam esforços, o povo quer um Brasil diferente do que temos ainda, mas para isso deve escolher suas pautas, e também suas armas democráticas.

Dia 19, dia do Exército, o Presidente bem disse: “Agora é o povo no poder. Mais do que o direito, vocês têm a obrigação de lutar pelo país de vocês.”

E concluiu: “Contem com o seu Presidente para fazer tudo aquilo que for necessário para que nós possamos manter a nossa democracia e garantir aquilo que há de mais sagrado para nós, que é a nossa liberdade.

“VÁ E VENÇA”

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