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Delírio doce

MESMO QUE OS OLHOS NÃO SE ENCONTREM

Publicado

Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Francisco Filipino

Feche os olhos,
e deixe que o sonho nos una em silêncio.
Imagine que esta noite sou brisa em tua janela,
sou presença sutil em teus lençóis de saudade.

Sonhe que a distância se dissolve como névoa,
que sou teu abrigo, teu porto, teu céu.
Que meus braços te envolvem como o tempo envolve o mar,
e que teu coração repousa no compasso do meu.

Diga-me que sou tua essência, tua chama,
e apenas me sinta.
Feche teus olhos de luar e apenas me sinta.
Escute o murmúrio do meu querer,
que ecoa em cada batida tua.

Que esta noite sejamos constelação em movimento,
dois astros em órbita de desejo sereno.
Sonhe que somos eternos,
invencíveis diante do espaço que nos separa.

Sonhe que visto o branco da entrega,
o tecido que representa o amor sem medida.
Que a saudade não te domine,
que a ausência não te roube o encanto.

Que a magia do nosso sentimento
te envolva como perfume que não se esquece.
Que nas noites que virão,
me sintas como verso em tua pele,
como melodia que te embala em silêncio.

Que te sintas à beira do delírio doce,
e me tomes com ternura,
como quem segura o tempo nas mãos.
Sonhe que somos um só corpo,
um só sopro, um só universo.

Apague os rostos que vieram antes,
e deixe que eu seja tua história.
Serei tua musa, tua mulher,
vestida de entrega, bordada de paixão.

Feche os olhos e me encontre,
na cor da tua pele, no calor do teu desejo.
Vamos nos amar como quem dança com o infinito,
como só nós dois sabemos fazer.

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