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Guerra é guerra

México processa fábricas de armas por fortalecerem narcotráfico

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

O México está processando vários fabricantes de armas em um tribunal federal dos EUA, acusando-os de práticas comerciais imprudentes que fazem com que grandes quantidades de armas cheguem aos cartéis de drogas mexicanos.

A ação judicial alega que as empresas Smith & Wesson, Barrett Firearms, Colt’s Manufacturing Company, Glock Inc, Sturm, Ruger & Co e outras sabiam que suas práticas de marketing, distribuição e venda favorecem o tráfico ilegal.

O México acusou no total 11 fabricantes de armamento de ajudar a violar as leis estritas de controle de armas ao comercializar para o mundo criminal mexicano e assim “facilitar ativamente o tráfico ilegal de suas armas para os cartéis de drogas”.

“Qual é o objetivo da ação judicial? Que as empresas em questão compensem o governo do México pelos danos causados por suas práticas negligentes”, declarou o chanceler mexicano Marcelo Ebrard na coletiva sobre a demanda apresentada ao Tribunal Distrital dos EUA do Distrito de Massachusetts.

As autoridades mexicanas afirmaram ter passado dois anos analisando os precedentes legais de negligência dos fabricantes de armamento norte-americanos. Mais de 500 mil armas são traficadas cada ano dos EUA para o México, das quais mais de 68% (340.000) são fabricadas pelas empresas em questão.

Segundo as estimativas oficiais, o armamento traficado foi a causa de pelo menos 17 mil assassinatos em 2019. Os danos à economia causados pela violência representam cerca de 1,7% do produto interno bruto do país.

As autoridades mexicanas disseram estar cientes de que o processo judicial demorará tempo para ser resolvido, mas estão confiantes no sucesso, observando que a ação foi apresentada nos Estados Unidos para garantir a imparcialidade.

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