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Máquina do tempo

Mocidade transforma homem das cavernas em passista

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Autor/Imagem:
Layde Coimbra

Com Laísa Bastos substituindo Elza Soares como a protagonista do abre-alas “Cronos”, a Mocidade Independente de Padre Miguel fechou no amanhecer desta terça, 5, o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro no carnaval de 2019.

Elza Soares, com problemas de saúde, não foi à avenida. Mas Laísa, que já tinha sido alertada para a possibilidade de ocupar o lugar da musa, representou, e bem, a icônica personalidade da música em um trono prateado no carro alegórico que simbolizou o início do tempo.

A Mocidade, campeã em 2017 e com apenas um sexto lugar no ano passado, tentou confirmar a boa fase e garantir, novamente, posição na disputa do título. O carnavalesco Alexandre Louzada prepara um desfile de impacto visual e modernismo para contar o enredo “Eu sou o tempo, tempo é vida”.

Com um dos melhores sambas do ano e forte em vários quesitos, como mestre-sala e porta-bandeira, bateria e comissão de frente, a escola pode se credenciar à disputa pelo título caso consiga manter o padrão visual.

Mas como nem tudo são flores no carnaval, a Mocidade teve um pré-período momesco complicado. Com dificuldades financeiras, a escola teve que pedir ajuda aos componentes para que comparecessem barracão e ajudassem a confeccionar alegorias e fantasias. Um gesto que, na avenida, emocionou os passistas e o público.

No desfile, uma máquina do tempo brotou na Sapucaí. Comandada por um cientista, uma clara inspiração em Albert Einstein, a máquina trouxe um “Transformer” do futuro e viajou ao passado de onde buscou um homem das cavernas que evoluiu para o sambista.  Muito interessante foi a construção do trem, usado como a máquina do tempo, que se locomovia como uma sanfona, uma construção difícil que funcionou visualmente.

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