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Raça na moda

Moga aposenta modelos brancas e realça produtos com negras

Publicado

Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

A Moga, marca australiana especializada em lenços de cabeça e xales que tem em seu DNA o comprometimento com questões sociais – tanto que um dos seus itens mais vendidos é um tecido com as cores da bandeira do arco-íris feito em comemoração à legalização do casamento homoafetivo na Austrália – decidiu barrar modelos de pele branca.

“Fiz esta regra para ser o ponto inicial de um debate que acho muito importante: raça e sua representação na indústria da moda”, explica Azahn Munas, fundador da marca, para a Teen Vogue.

“Quero explorar a noção do ‘poder branco’ na moda e porque tantas pessoas estão perpetuando este conceito – conscientemente ou não. Embora ela seja excludente a primeira vista, é em nome da inclusividade. Queremos alcançar pessoas que não são representadas na indústria.”

A nova regra foi divulgada durante a uma ação da MOGA que procura modelos para o próximo ano. Podem participar mulheres de todo o mundo, com ou sem experiência prévia, de todos os tipos de corpos e todas as raças – só não podem ser brancas caucasianas. “Desculpa, meninas, achamos vocês absolutamente lindas mas, infelizmente, essa não é para vocês”, diz o texto.

Para explicar melhor este posicionamento, a marca publicou um vídeo, feito com bonecas em stop motion (em inglês e sem legendas). “É importante falar sobre assuntos que não estamos confortáveis, e raça é uma delas. E quanto mais falamos destes assuntos como sociedade, mais perto chegamos de entender a complexidade deles e avançar para nos tornamos mais respeitosos e inclusivos.”

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