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Moratória de Itamar, no amor com amor se paga, coloca FHC contra a parede

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José Escarlate

Itamar Franco, veladamente, andava às turras com Fernando Henrique Cardoso, presidente e seu sucessor.

No dia em que foi empossado governador de Minas Gerais, Itamar se viu obrigado a comprar, com dinheiro do próprio bolso, lençóis e fronhas para poder se mudar para o Palácio das Mangabeiras.

Pior. Os cofres do governo mineiro estavam vazios. Não havia recursos para pagar os salários dos servidores e, muito menos, a comida dos presidiários.

Ameaçou suspender o pagamento da dívida de Minas com o governo federal. Redigiu de próprio punho uma nota de 14 linhas formalizando uma moratória de 90 dias.

A equipe econômica de FHC, já em segundo mandato, entrou em pânico. Dizia a nota que, “por falta absoluta de dinheiro, deixaremos de cumprir o acordo financeiro com o governo anterior.”

Os índices das Bolsas de Valores no Brasil e as cotações dos títulos da dívida externa brasileira despencaram. A moratória de Itamar provocou uma turbulência no governo e agravou a já delicada situação econômica. FHC foi jogado contra a parede.

Justificando a moratória, disse Itamar: “Nós devemos aos nossos credores dinheiro. Dinheiro se paga com dinheiro. Não se paga dinheiro com a fome, a miséria e o desemprego dos cidadãos brasileiros”.

PV

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