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Expulsão dos diplomatas

Moscou diz que adotará medidas de resposta ao Reino Unido

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Autor/Imagem:
Pedro Nascimento, Edição

A Rússia adotará em breve medidas de retaliação pela expulsão do Reino Unido de 23 diplomatas russos devido ao envenenamento do ex-espião Sergei Skripal, afirmou nesta quinta-feira o Ministério das Relações Exteriores russo, condenando mais uma vez a recusa de Londres em fornecer informações sobre o caso.

“Esperamos adotar, em um futuro próximo, medidas de retaliação em resposta à adoção de uma série de medidas hostis por parte do Reino Unido contra a Rússia”, disse a porta-voz do Ministério, Maria Zakharova, em entrevista coletiva.

A diplomata voltou a fazer uma chamada a Londres – como faz Moscou desde o início da crise – a “apresentar todos os materiais existentes relativos ao incidente que, segundo eles, está vinculado ao uso de armas químicas em território da Grã-Bretanha”.

Zakharova afirmou que Londres se negou a proporcionar a Moscou informação sobre o caso, assim como amostras da “substância química achada na cena do crime”.

“Remetemos ao Foreign Office através da Embaixada russa na Grã-Bretanha várias notas diplomáticas a fim de iniciar um diálogo ativo com Londres, mas só recebemos como resposta notas formais sem sentido”, afirmou.

“A Grã-Bretanha se nega a interagir com a parte russa em cumprimento de seus compromissos como membro da Convenção para a Proibição de Armas Químicas”, acrescentou

A porta-voz também esclareceu que Moscou não tem nenhum motivo para se negar a colaborar na investigação do incidente.

“Podemos discutir largamente sobre a quem convém toda esta história. Não há nem um só parâmetro, nem um só motivo, pelo qual a Rússia não têm intenção de colaborar”, disse.

“Por que não ofereceram dados concretos nem a nós e nem a ninguém”.

Zakharova qualificou as medidas e declarações britânicas de “espetáculo político-informativo” e atribuiu as acusações contra a Rússia a “uma colossal campanha” para solucionar os problemas internos de Londres.

A crise diplomática entre a Rússia e o Reino Unido está aumentando desde que em 4 de março foram achado inconscientes na cidade inglesa de Salisbury o ex-espião Skripal e sua filha Yulia.

O ministro britânico de Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, qualificou hoje de “adequada” a decisão de seu país de expulsar 23 diplomatas russos pelo ato de “imprudência e brutalidade” cometido contra o ex-espião.

“Um agente nervoso foi utilizado em um país europeu pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial. Acreditamos que o Governo do Reino Unido respondeu de maneira firme, como o povo deste país espera”, afirmou.

Johnson também informou que o Reino Unido entregará uma amostra do agente nervoso à Organização para a Proibição de Armas Químicas para que faça sua própria análise.

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