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Moscou e Washington anunciam um cessar-fogo na devastada Síria

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Os governos da Rússia e dos Estados Unidos concordaram em implementar um cessar-fogo na Síria a partir do sábado, no que se espera ser um passo crucial no fim da guerra civil no país, que já dura cinco anos.

O fim das hostilidades não se aplica a duas milícias classificadas como organizações terroristas: o Estado Islâmico e a Frente Nusra – filiada da Al Qaeda -, de acordo com o Departamento de Estado.

Washington e Moscou ficarão encarregados de monitorar o cessar-fogo e espera-se que pressionem o grande número de milícias para que respeitem o acordo.

“A Federação Russa e os EUA estão preparados para trabalharem juntos na troca de informações pertinentes e desenvolverem procedimentos necessários para impedir que as partes que participam do acordo sejam atacadas”, diz o tratado firmado entre Moscou e Washington divulgado nesta segunda-feira.

Autoridades norte-americanas disseram que o presidente Barack Obama e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversaram hoje para darem a “bênção” ao acordo.

Mas o secretário de Estado, John Kerry, ponderou que ainda existem “desafios significativos pela frente”. “Esse é um momento de promessas, mas o cumprimento dessas promessas depende de ações”, disse.

Entre as dificuldades para implementação está o fato de que todas as partes do acordo devem confirmar a participação até sexta-feira.

O cessar-fogo foi negociado através de várias reuniões entre diplomatas russos e americanos, em Genebra, na semana passada. Kerry e o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, também estavam envolvidos.

No dia 11 de fevereiro, Kerry já havia anunciado, no fim de uma conferência internacional sobre a Síria em Munique, que o fim das hostilidades iam começar na última sexta-feira.

Mas a Rússia e o regime de Assad, apoiados por milícias treinadas por iranianos, intensificaram os ataques no nordeste da Síria nas últimas duas semanas. Isso aumentou as preocupações de que Moscou, Damasco e Teerã estão usando a diplomacia como um disfarce para tentar varrer os grupos rebeldes apoiados pelos EUA.

A Rússia e o governo sírio descreveram todos os grupos que tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad como grupos “terroristas”.

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