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Negócios sujos

MP e Polícia Federal querem passar a limpo ‘Caso Covaxin’

Publicado

Autor/Imagem:
Mário Camargo

O Ministério Público no Distrito Federal, e a Polícia Federal, decidiram investigar suposta propina para a compra, pelo Ministério da Saúde, da vacina Covaxin. Enquanto o MP optou por abrir um procedimento de investigação criminal, a PF decidiu jogar uma lupa em contratos e emails trocados entre os fabricantes do imunizante e o governo brasileiro.

O MP já realizava uma apuração preliminar do caso. O avanço se deu a partir do depoimento à Procuradoria em que o servidor do ministério Luis Ricardo Miranda relatou uma “pressão atípica” para aprovar a compra do imunizante. Ele e seu irmão, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), depuseram na CPI da Pandemia na última sexta-feira. Já os federais entram em cena somente três meses após as suspeitas terem sido levadas ao presidente Jair Bolsonaro.

O contrato foi intermediado pela empresa brasileira Precisa Medicamentos. Mas, depois de arrastar o governo em um escândalo por suspeita de favorecimento, a negociação foi suspensa na terça, 29. Para a negociação, estava previsto o pagamento de 1,6 bilhão de reais por 20 milhões de doses.

A Bharat Biotech, fabricante da vacina indiana Covaxin, emitiu uma nota à imprensa afirmando que a venda do imunizante ao Brasil “teve melhores condições do que para outros países”. Segundo a empresa, “além de preço na menor faixa praticada em todo o mundo”.

Em vários países, diz a Bharat Biotech a vacina foi negociada entre 15 e 20 dólares, mas no Brasil, o preço ficou em 15 dólares, diz a empresa. Além disso, “o Governo brasileiro não pagou valores antecipados como ocorreu com outros mercados”.

A nota também explica o papel da Madison, braço da Bharat Biotech e que seria a responsável por receber os pagamentos. “Em relação ao pagamento dos imunizantes, a farmacêutica acrescenta que a Madison Biotech é integrante da Bharat Biotech e foi criada com o propósito de Pesquisa& Desenvolvimento externo,vendas e marketing de vacinas globalmente, já que a companhia tem portfólio de 20 produtos que são exportados para mais de 123 países e já distribuiu mais de 4 bilhões de doses de vacinas em todo o mundo”.

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