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MP indicia peixe da prostituição e vai correr atrás do verdadeiro tubarão

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Seis pessoas suspeitas de aprisionar mulheres e obrigá-las a se prostituir no Distrito Federal foram denunciadas formalmente na segunda-feira, 14, pelo Ministério Público. A decisão pode aprofundar as investigações iniciadas pela Polícia Civil. E ao invés de meros peixes pequenos, pode surgir um tubarão que ocupa importante cadeira em Brasília.

As vítimas, relata o G1, eram atraídas por falsas ofertas de emprego e trabalhavam até 17 horas por dia, supervisionadas pelo grupo. Depois, entregavam todo o dinheiro arrecadado com os programas e eram trancafiadas em casas em Taguatinga.

Quatro dos denunciados foram presos no final de agosto. Na ocasião, o delegado Alexandre Dias disse que o esquema acontecia havia pelo menos três anos e foi desmontado após denúncia anônima. Os policiais filmaram a ação dos quatro presos durante um mês e meio. Agentes apreenderam ainda anotações com detalhes sobre a atividade, além de roupas femininas.

“Eles ofereciam trabalhos diversos, como de secretária, babá, recolhimento de lixo. Também diziam que dariam a moradia”, declarou.

O trabalho acontecia entre 13h e 6h – as vítimas se “exibiam” na rua em que funciona uma fábrica de refrigerantes e depois eram conduzidas a motéis nas proximidades. As mulheres eram aliciadas no Maranhão. De acordo com o MP, elas não recebiam nada, e os suspeitos cobravam delas gastos com moradia, alimentação, produtos de higiene, viagem e drogas, que algumas chegaram a ser obrigadas a usar.

O esquema foi descoberto depois que três mulheres conseguiram fugir do cativeiro após três meses de cárcere. Elas foram submetidas ao programa de proteção do Ministério da Justiça e passaram por exames de saúde.

De acordo com depoimentos dados pelas vítimas, uma mulher era a chefe da quadrilha. Ela foi descrita como “intimidadora e gananciosa”, responsável por pegar o dinheiro após os programas. Os relatos apontam ainda que ela agredia as reféns.

Da Redação com G1

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