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Fim das agressões

Mulheres se empoderam, pensam e batem de frente para combater o machismo

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Autor/Imagem:
Sonja Tavares - Foto Rovena Rosa/ABr

No Brasil da tacanha e amadora política e da ladroagem de boa parte dos políticos, tornou-se impossível para qualquer mulher viver sem riscos, medos e sobressaltos. As mulheres de Atenas, aquelas que vivam para seus maridos, não existem mais. Hoje, elas sonham, bordam quando querem, jogam futebol, esquecem os presságios, abominam a quarentena matrimonial, não suportam traições e não aceitam procriar exclusivamente para alimentar as guerras.

Ao contrário das que choravam e se ajoelhavam, as mulheres de 2025 se banham, se perfumam e se arrumam para mostrar ao mundo que, com os mesmos defeitos e qualidades dos homens, também têm orgulho, raça, força e poder. Deixamos de ser submissas para viver em busca do amor que satisfaz. Será isso que incomoda os bárbaros que se alimentam da maldita e congênita infelicidade para matar quem não os quer mais? As ex-esposas, ex-noivas, namoradas e amantes do século 21 nada tem a ver com as mulheres de Atenas.

Atualmente, a liberdade é a nossa melhor substância. A maioria de nós é forte, independente, livre e não suporta homens frouxos e intolerantes, aqueles que se apoderam da fraqueza dos mais vulneráveis. Esse tipo fere e mata, mas usa a vitimização covarde para se fingir de ferido. Ele não se olha de frente e prefere se esconder nas sombras para evitar o próprio destino. De tão covarde e infeliz, o homem sem princípios vive por agradar e não luta para ser. São esses que matam quando rejeitados.

É um dever do homem aceitar, estimular e aplaudir a mulher empoderada, a mulher política, a mulher empresária, a mulher presidente da República e as mulheres lavadeiras, empregadas domésticas, motoristas de ônibus e, principalmente, as esposas e as mães de seus filhos. Representadas por cada uma delas, milhares de mulheres saíram às ruas nesse domingo (07) para informar aos homens covardes, nojentos e imbecilizados pela incapacidade de nos fazer felizes que nós não queremos flores, mas amor sincero e respeito honesto. Somente este ano, mais de mil mulheres foram assassinadas apenas por serem mulheres.

De uma vez por todas, amor e violência são substâncias que não se misturam. Amor violento é doença, é sentença de morte, é feminicídio, cujas vertentes principais são a covardia masculina e a omissão do Estado representado pela injustiça. O verdadeiro amor dá asas e não correntes. O controle mascarado do amor é a pior armadilha utilizada pelos feminicidas que certamente nunca souberam o que é amar. Buscar justificativas para o feminicídio é, em si, cometer um segundo crime, o de perpetuar o machismo doentio e insano.

Aos covardes, reitero que uso minha liberdade para ser quem eu quiser e com quem eu quiser. Mais importante do que encarar o medo, é denunciar os homens que nasceram para matar. Como disse Michelle Obama, não há limite para o que nós, como mulheres, podemos realizar. Felicidade é ser livre, independência é liberdade. Não nos esqueçamos jamais que os homens admiram e temem as mulheres inteligentes e independentes. Quanto ao homem covarde, ele será sempre um covarde, mas nunca um homem. Ou nos unimos contra a covardia masculina ou nunca conseguiremos nos livrar da sociedade que insiste em nos vender um padrão inatingível. Mulheres do meu amado Brasil, se amar incondicionalmente é um ato revolucionário.

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Sonja Tavares é Editora de Política de Notibras

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