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Febre amarela

Mutação genética torna o mosquito bem mais agressivo

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Roberta Pennafort

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz detectaram oito mutações genéticas no vírus da febre amarela em circulação no País, sete delas associadas ao mecanismo de replicação viral. Eles vêm se debruçando em laboratório sobre amostras de dois macacos que morreram da doença no Espírito Santo e um em Macaé (RJ), além de um conjunto de mosquitos selvagens coletados no ES. A pesquisa pode ajudar a explicar o atual surto da doença, o mais grave das últimas décadas.

Essas variações nunca haviam sido encontradas. O último sequenciamento genético havia sido feito em 2010, na Venezuela. Agora, o IOC vai rastrear em que momento essas alterações ocorreram e de que forma isso se espalhou. Para tal, serão comparadas amostras atuais e do passado.

A virologista do IOC Myrna Bonaldo, uma das pesquisadoras à frente do trabalho, explicou que nada muda em relação à vacina da febre amarela aplicada pelo governo, uma vez que ela imuniza contra vírus não só do Brasil, mas também de outras regiões do mundo, como a África.

Os dados estão disponíveis para a comunidade científica internacional desde fevereiro e já despertaram o interesse de pesquisadores europeus e norte-americanos, que estão trabalhando também para a continuação do sequenciamento.

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