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Juntos contra os corruptos

Na disputa pelo Buriti General tem Guerra e Guerra tem General

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

Excluídos do debate promovido pela TV Record nesta sexta-feira, 28, os candidatos ao Governo do Distrito Federal, General Paulo Chagas (PRP) e Alexandre Guerra (Novo), decidiram promover um manifesto conjunto e entrevista coletiva em frente ao local onde era realizado o certame. Enquanto os nomes tradicionais da política chegavam ao auditório com suas torcidas organizadas, Chagas e Guerra reuniam repórteres de diversos veículos da imprensa e simpatizantes do lado de fora.

As declarações de ambos deixaram claro que um terá o apoio do outro em eventual segundo turno e na composição do futuro governo. E que os dois não vão apoiar nenhum dos nomes de quaisquer outras coligações, caso não tenham êxito em chegar à segunda etapa das eleições.

Segundo o documento assinado na ocasião que chancelou essa decisão, intitulado “Aliança Política Ficha Limpa e Passado Limpo”, os candidatos que estão empatados com 6% das intenções de voto, segundo pesquisa encomendada pela mesma Record – Real Time Big Data, realizada em 25 e 26/9, 02019-2018 -, poderão surpreender e tomar outras decisões nos últimos dias até a data das eleições.

Trecho do documento conjunto afirma que “as pesquisas de intenção de votos são alarmantes, pois os três primeiros colocados estão respondendo por acusações, denúncias e até condenação, porém utilizando o subterfúgio da Lei da Ficha Limpa, do poder econômico e do tempo de televisão para ludibriar a população”.

Dessa forma, selaram o acordo deixando claro à imprensa e aos presentes que julgam que só os seus nomes representam a possibilidade de mudança na política do Distrito Federal.

Esse alinhamento foi construído ao longo do tempo. O General deixou as fileiras do Novo, partido de Guerra, para não concorrer com este e procurou o PRP, partido por onde lançou sua candidatura. Ambos são liberais, acreditam na meritocracia e não fazem acordos do tipo toma-lá-dá-cá. Entre as diferenças, estão as experiências de Paulo Chagas no setor público como gestor e de Alexandre Guerra na iniciativa privada.

Novatos na política, têm a mesma origem partidária e entendem que, ao oferecer apoio um ao outro, poderão oferecer as duas únicas opções de biografias impecáveis. Considerando que a avalanche de acusações, investigações, prisões e condenações que cercam os outros candidatos e seus vices, poderá ser o fio da balança, esperam que a população preste atenção no futuro.

Afirmam que se um dos dois não alcançar o Palácio do Buriti, o GDF será entregue a um dos grupos contaminados por práticas nada republicanas, que em um segundo momento qualquer que seja o vencedor entre eles, vai por fim abrigar os outros em seus corredores escuros.

“Esse é o perigo eminente que poderá comprometer o futuro do Distrito Federal por décadas. Se um desses nomes que lidera suspeitas pesquisas for eleito, será a continuidade da corrupção, dos conchavos, das manobras para não serem alcançados pela Justiça”, concluiu o General Paulo Chagas.

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