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Pense nisso

Na pandemia, palavra é prata e silêncio é ouro

Publicado

Autor/Imagem:
Sérgio Mansilha

Não há problema em não ter uma opinião sobre algo. Não há problema em olhar para uma postagem de mídia social e, mesmo que você não concorde com o sentimento, mantenha seus pensamentos para si mesmo.

É perfeitamente aceitável discordar de especialistas e personalidades com as quais você se alinha tradicionalmente. O que é melhor? Às vezes simplesmente ouvindo.

Se o início do século XXI nos ensinou alguma coisa no Brasil, é que nenhuma ideologia tem todas as respostas, e a adesão a uma ideologia exclusivamente pode levar a um desastre.

No entanto, muitos de nós aderimos ao ditado de que toda pergunta tem uma resposta certa e errada, todo evento que ocorre tem um vencedor e um perdedor, e o lado em que acreditamos é totalmente correto.

Veja nossa existência atual da Covid-19. As pessoas que acreditam que a pandemia é uma farsa estão ignorando inúmeras evidências produzidas por especialistas médicos e científicos. Mas esses mesmos especialistas se atrapalharam com algumas de suas próprias execuções de deveres e confundiram ainda mais a mensagem com linguagem imprecisa e uma relutância em tentar corrigir ou esclarecer declarações imprecisas.

Pessoal, não estamos exatamente indo bem com momento delicado que estamos vivenciando. Também não estamos exatamente nos ajudando com nosso apetite ininterrupto por notícias. A questão da origem das histórias já foi um mistério. Por que essa história se tornou uma sensação mundial, enquanto outras foram ignoradas.

No entanto, a única coisa que é constante para a maioria de nós é algum tipo de contribuição para notícias. Levamos notícias conosco e não resistimos a checar. Estamos vivendo a evidência de por que algumas histórias chamam a atenção e outras não. No entanto, permanecemos cegos para o óbvio.

Somos todos os meios de comunicação e cada observação que fazemos nas mídias sociais aumenta a cacofonia ininterrupta.

Qual é a resposta? Um bom lugar para começar pode ser com o tom. O tom é importante, por mais que pensemos que possa diluir nossa mensagem. Iniciar uma discussão com um abridor de raiva e provocação não dá muito espaço para uma resposta além de uma reação de nível cinco.

De muitas maneiras, nossos argumentos são exercícios para conversar conosco. Como podemos convencer alguém a vir para o outro lado ou até mesmo avançar em direção ao outro lado quando uma conversa começa com uma falta de vontade da parte de ambos os lados em ouvir.

Enfim, uma facção vencedora não significa, por definição, que a outra está perdendo.

Pense nisso.

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