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Miscelânea

Nordeste se reinventa em criatividade e mantém pujança

Publicado

Autor/Imagem:
Acssa Maria - Texto e Foto

Quando alguém de longe pensa no Nordeste, logo surgem imagens prontas: o sol escaldante, o vaqueiro do sertão, a seca que racha o chão e o mar azul que atrai turistas. É verdade que tudo isso existe, mas o Nordeste é maior do que qualquer estampa de cartão-postal.

Há uma riqueza que pulsa nos detalhes, longe dos olhares apressados. Ela está no riso fácil das feiras livres, no cheiro do cuscuz recém-tirado da cuscuzeira, no cordel pendurado em barbantes coloridos, na sanfona que não deixa o silêncio vencer as noites.

O Nordeste não cabe apenas no clichê da resistência; ele se reinventa em criatividade. Está na juventude que transforma a caatinga em poesia, nos artistas que pintam o barro, no povo que costura futuro a partir do presente, mesmo quando a terra parece ingrata.

Essa riqueza também é humana: a generosidade de quem oferece café coado em pano a um estranho; a coragem de quem migra e retorna trazendo novos sonhos; a força da coletividade que constrói pontes onde antes havia muros.

O clichê pode até ser uma porta de entrada, mas nunca deve ser o ponto final. Porque o Nordeste é uma trama viva: tradição e modernidade, sertão e litoral, luta e festa. É lugar onde a alma resiste, mas também floresce.

No fim, o verdadeiro Nordeste não está apenas na paisagem — está no coração de quem aprende a olhar além da superfície.

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