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Ipec

Nova pesquisa destoa da euforia bolsonarista e dá vitória a Lula

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Mário Camargo - Foto Ricardo Stuckert

As pesquisas de opinião sobre quem deve ocupar o Palácio do Planalto a partir de janeiro de 2023  andam destoando do que se vê nas ruas. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro consegue arregimentar centenas de milhares de pessoas em atos promovidos com e para seus seguidores, a oposição que entoa o #Fora Genocida perde de lavada com atos de pouca visibilidade. As expectativas de uma reeleição, porém, são enterradas nos levantamentos feitos pelos mais diferentes institutos.

O novo balde de água fria foi jogado na quarta, 22, com a divulgação de pesquisa do Ipec, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vence com certa tranquilidade já no primeiro turno.  Nessa simulação, o petista tem vantagem de mais de 20 pontos percentuais contra o capitão sem partido. O Ipec, dirigido por ex-diretores do Ibope, tem estrada e costuma acertar em seus prognósticos.

Pela checagem do Ipec, Lula vence nos mais diferentes cenários, acumulando mais votos do que todos os eventuais candidatos juntos. Ou seja, vitória no primeiro turno no caso de a eleição ser disputada agora. No primeiro cenário, o petista tem 48% das intenções de voto, contra 23% de Bolsonaro, 8% de Ciro Gomes (PDT) e 3% tanto para João Doria (PSDB) como para Luiz Henrique Mandetta (DEM). Brancos e nulos são 10%, e outros 4% não sabem ou não responderam.

No segundo cenário da pesquisa do Ipec, com mais candidatos, Lula tem 45%, Bolsonaro 22% e Ciro 6%. O ex-juiz Sergio Moro aparece com 5%, e o apresentador José Luiz Datena com 3%. Doria tem 2%, Mandetta e Rodrigo Pacheco (DEM) têm 1%. Alessandro Vieira (Cidadania) e Simone Tebet (MDB) ficam sem traço, o seja, 0%. Brancos e nulos são 9%, e 5% não sabem ou não responderam.

Essa nova pesquisa traz uma certa estabilidade em relação ao levantamento de junho, que já apontava a possibilidade de Lula garantir a faixa presidencial já no primeiro turno. Outro ponto ruim para Bolsonaro, segundo o Ipec, é a avaliação do governo: 42% dos brasileiros em idade de votar acham que o governo é péssimo e para outros 11%, é ruim. A soma das avaliações negativas chega a 53%. No início do ano, quando foi feito o primeiro estudo, a rejeição era de 39%.

O alento dos bolsonaristas é uma pesquisa da Brasmarket, feita ‘para consumo interno’, segundo seus idealizadores, apontando uma disputa acirrada, mas com ligeira vantagem para Bolsonaro. O presidente teria 21% contra 19 por cento de Lula, em levantamento espontâneo. Os indecisos somam mais de 40% e o restante dos eleitores dilui os votos entre Ciro, Doria, Mandetta, Sérgio Moro e Eduardo Leite.

A boiada, como se observa, caminha sobre duas rodas. O problema é que no Brasil não existe motociclistas em número suficiente para garantir uma reeleição.

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