Floresta
O caçador
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Na fazenda arco-íris havia uma floresta densa e linda, suas árvores gigantescas guardavam muitos mistérios.
Ali morava um caçador muito hábil conhecido pelo nome de Jorge, era um homem alto, forte, muito conhecido por ser rápido e preciso. Ele nunca voltava para casa sem trazer uma caça.
Certa feita, Jorge cismou de ir atrás de um cervo, ele vinha observando-o há dias passeando pela floresta. Acompanhando de longe e silenciosamente ele rastreava o animal.
Mas o cervo era muito esperto e astuto, já sabia da presença de Jorge, foi assim que escapou.
Ele esperou Jorge aproximar, depois caminhando floresta adentro, as árvores gigantescas com suas sombras guardavam segredos milenares. Cada vez mais, o cervo levava Jorge para dentro da floresta, logo ele tinha levado o homem por trilhas e riachos.
Foram horas de perseguição, Jorge deu fé que estava perdido, como faria, antes a mata densa lhe parecia familiar, mas agora só via sombras e movimentos do vento. Era um labirinto difícil de achar saída, cansado com sede e fome, pois tinha esquecido seu embornal longe no galho da primeira árvore. Então, sentou-se e, refletindo sobre a caça e o caçador, ouviu uma sábia coruja, ela estava bem ao lado dele no galho de um majestoso Ariribá amarelo, foi logo dizendo: homem caçador, a floresta tem regras e segredos, para levar o cervo você vai precisar mais que força e habilidades.
Precisa respeitar e compreender as vidas que habitam na mata.
Jorge arregalou os olhos, escutando atenciosamente a coruja, então percebeu que a busca incessante pela presa tinha subestimado o cervo, o animal foi muito inteligente e aproveitou a complexidade da floresta. Agradeceu a coruja pela lição dada, e rumou para sua casa, a aldeia já estava pavorosa, pois muitas horas haviam se passado desde sua saída. Ele contou a história completa e mais falou do equilíbrio da natureza.
Desde aquele dia, Jorge não foi mais caçar, passou a ser um guardião da floresta, sempre ensinando aos mais jovens a preservar a natureza.
Moral da história: a força não leva à vitória, compreender e respeitar o oponente é que faz a diferença.