Cara Estranho II
O camelo baba e cospe…
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No início do ano escrevi uma pequena crônica elegendo o Ornitorrinco como personagem central: “Cara Estranho!”.
Pesquisando na internet hoje, encontrei o segundo personagem: “Cara Estanho II: Camelo”.
Camelo bebe água doce e salgada.
Pode até beber água do Mar Morto e não tem nada de errado com ele.
Isso acontece porque os rins do camelo filtram a água: separam-na do sal e transformam-na em água doce adequada para beber.
O camelo também come espinhos e não lhe danificam o estômago nem os intestinos; a saliva do bruto dissolve os espinhos como ácido.
O camelo tem duas pálpebras: uma é fina e transparente, a outra é grossa e carnuda. Quando começa uma tempestade de areia no deserto, feche a pálpebra transparente para evitar que areia entre nos seus olhos.
Um camelo também pode mudar sua temperatura corporal: se estiver frio aumenta sua temperatura, se estiver quente no deserto quente sua temperatura corporal diminui.
O camelo é mais antigo que o deserto do Saara.
É o Cavalo dos Beduínos e outras tribos nômades.
Ninguém resiste ao bafo do camelo. O bafo cavernoso e a baba pestilenta é de matar mamute.
Bem…
…se depois de alguns tópicos da minha humilde pesquisa expostos aqui você ainda considerar o camelo “um sujeito normal”, relaxe: existe também o Dromedário –parente direto do camelo-, que é muito mais “Estranho”. O dromedário, além de todos os dispositivos de sobrevivência mostrados na crônica é duplicado: tem duas corcovas.
*Corcova: saliência convexa nas costas ou dorso de homem ou animal, corcunda, bossa.
Taí…
Agora percebo a relação do que sinto quando veja imagens na TV e/ou internet daqueles 81 senadores e 513 deputados ferais que integram o Congresso brasileiro: são caras da família Camelus, da ordem Artiodactyla e assim, como os dromedários, pertencem à Classe biológica MAMMALIA.
“Caras Estranhos”….
Normais são os Ornitorrincos, os Camelos e os Dromedários.
Tá explicado.
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Gilberto Motta é escrito, jornalista e professor/pesquisador de mundos, fatos e caras estranhos sendo ele mesmo, prioritariamente, o mais estranho de todos. Vive na Guarda do Embaú, pequena vila de pescadores no litoral Sul de SC.