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O dia em que Passarinho fez Aureliano Chaves dar um tiro no próprio pé

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José Escarlate

Tratando-se do enfarte que havia sofrido, João Figueiredo retornou à Cleveland Clinic em 1983, onde recebeu uma ponte de safena e outra de mamária. Mais uma vez, Aureliano Chaves assumiu o governo.

O ambiente entre os dois não era dos melhores. Antes de seguir para Cleveland, Figueiredo tratou de afastar seus ministros do substituto. Questão de zelo, para evitar problemas futuros.

Alguns deles, estrategicamente, viajaram a diversos países em missões oficiais. Outros o acompanharam na viagem a Cleveland, aqui ficando um núcleo pequeno. Mesmo assim, houve problemas para ninguém colocar defeito.

Assumindo o governo, Aureliano Chaves, de forma autoritária, deu instruções a serem obedecidas pelo então ministro da Previdência Social, Jarbas Passarinho. O ministro recusou-se a atendê-lo, salientando que “só recebo ordens do presidente Figueiredo”.

Extremamente irritado, Aureliano Chaves demitiu-o. Jarbas Passarinho recusou-se a acatar a demissão, alegando que “um ministro é nomeado em português e demitido em latim – ad-nutum – mas só por quem está habilitado a fazê-lo”.

Em Cleveland, Figueiredo soube do ocorrido. Deu razão a Passarinho, desautorizando Aureliano. Isso, tornou a situação irreversível entre os dois.

PV

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