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Déspotas do Supremo

O general e os ministros tipo Dom Quixote

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Autor/Imagem:
José Seabra

Entre as 11 cadeiras do Supremo Tribunal Federal, há algumas ocupadas por déspotas. Inclusive os que, após verem suas imagens refletidas no espelho, tentam se desvencilhar da sua projeção transmitida à opinião pública.

São os que, do alto de sua soberba, agem arbitrária e autoritariamente. Vestidos de tiranos, oprimem. E por extensão se acham os donos da verdade.

São homens fracos, que se acreditam Kal-El. Pensam cobrir-se de togas que transformam seus atos e corpos imunes a qualquer coisa. Inclusive a um cabo e a um soldado.

Dentre esses 11, estão Dias Toffoli e Alexandre de Moraes. Partiu deles a ideia de tramar contra uma figura respeitada da República, que desaguou na operação de busca e apreensão no apartamento do general Paulo Chagas, em Brasília, na segunda-feira, 15.

Nesta sexta, 19 – Dia do Exército -, já com liberdade para usar suas redes sociais, bloqueadas na malfadada operação determinada pelo Supremo, o general manifestou sua preocupação com o que está acontecendo no Brasil.

Paulo Chagas escreveu que não é voz isolada na multidão; não é. Disse que o povo demonstra revolta diante da indisciplina intelectual que caracteriza a atuação da Corte; é verdade. E advertiu que essa prática enfraquece a democracia.

O general Paulo Chagas tem agido como o supostamente frágil personagem de François Andriex no conto ‘O Moleiro de Sans-Souci’. A história do moleiro que enfrentou o imperador, dizendo haver juízes em Berlim, todo mundo conhece.

Quanto aos ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes, estão sendo comparados ao sonhador e fantasioso Dom Quixote, de Miguel de Cervantes.

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