Máquina do tempo
O incrível poder das músicas
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As músicas têm o incrível poder de serem como máquinas do tempo. De repente, toca uma canção no rádio, e a gente é lançado de volta a um instante que parecia esquecido.
Essas melodias ficam escondidas dentro da memória, esperando o momento certo pra nos surpreender.
Às vezes, é uma canção que tocava no rádio, enquanto a gente viajava de carro, com o vento bagunçando o cabelo e a sensação de que o mundo ainda cabia inteiro dentro da gente.
Outras vezes, é aquela música que tocava num bar antigo, numa noite em que a vida parecia mais leve e simples.
Quando a melodia começa, o corpo reconhece antes da razão.
A garganta aperta, o peito amolece, e, de repente, o presente se mistura com o passado: o cheiro do perfume de alguém, a textura de uma parede, o eco de uma risada.
Tudo volta por alguns segundos, com uma nitidez quase cruel.
Mas há um consolo bonito nisso.
As músicas que nos transportam no tempo nos lembram de que o que vivemos não se perdeu: só mudou de lugar.
Está guardado dentro da gente, inteiro, esperando um refrão pra acordar.