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Deu no poste e na internet...

O QUARTO MACACO DIGITAL

Publicado

Autor/Imagem:
Gilberto Motta - Texto e Imagem

O quarto macaco sempre esteve entre nós.

A novidade é que agora ele tem a “terceira mão”; ele não larga o celular um só segundo.

Ele não vê ninguém, não ouve ninguém, não fala com ninguém.

Só digita.

E numa velocidade alucinante com extrema destreza nos dois polegares.

Vive afogado em telas e displays, anestesiado em distrações, é o retrato de uma geração inteira que já nasceu no útero digital da internet.

Quem fecha os olhos para a injustiça, consente com ela.

Quem tapa os ouvidos para o clamor do próximo, alimenta a dor. Quem silencia diante da verdade, se torna cúmplice da mentira.

O mal não vence pela força, mas pela passividade dos que se calam.

A indiferença é o veneno que corrói a alma.

O futuro não será escrito pelos que se escondem. Ele pertence aos que enxergam além, aos que decidem se levantar.

As tecnologias inovadoras, como, por exemplo, a IA e as redes/internet e o fone celular podem ser positivas e fator de desenvolvimento econômico e social.

A questão é o uso que nós todos fazemos delas.

O quarto macaco não pensa, não reflete; ele apenas reage aos estímulos certeiros do deus-algoritmo.

Será?

Já é uma legião de milhões de macacos digitais na Era dos Extremos, Era vertiginosa e veloz. De certa forma, o escritor e pensador Umberto Eco cravou há algumas décadas o impasse da chegada da internet:

“as redes liberaram espaço a bilhões de imbecis e a democratização da mediocridade”.

Relaxe e digite. O quarto macaco veio para ficar.

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Gilberto Motta é escritor e dublê de pensador com quarto macaco digital. Vive na comunidade pesqueira da Guarda do Embaú SC.

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