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Pum

O QUE SOBROU DO CÉU

Publicado

Autor/Imagem:
Gilberto Motta - Texto e Foto

A mãe do casal de gêmeos tinha excêntricas teorias sobre os Puns. Sim, os flatos, os peidos.

“Elevadores são cavernas cruéis e insuportáveis. Ambiente predileto dos ‘Punzeiros’. Naquele local mínimo, os seres se revelam pelos Puns. E deixam os seus rastros em odores e cenas inacreditáveis”.

Anos depois a mãe morreu em um acidente no Metrô.

Os gêmeos, Davi e Esmeralda, com 16 anos, tiveram de se agarrar às memórias – e algumas teorias – da mãe, Iraci.

Seguiram pesquisando os ‘Punzeiros’ de elevadores.

Tempos depois, resolveram passar a limpo a influência de Iraci.

Chegaram a um ponto sem saída.

“Se tudo é resultado de um Pum de metano/carbono, o que significa tudo isto… A vida?”.

Os humanos não sabem, mas há histórias e caminhos que se assemelham a um planeta-ovo que precisa de temperatura alta, aquecimento, para o Pum inicial.

Passado o luto e parte da morte pela morte da mãe eles decidiram ir mais fundo nas pesquisas.

Chegaram à conclusão total.

“Seres humanos nasceram do Pum e – depois de crescerem como ‘civilização’ -, chegaram ao estágio final: o planeta é limitado e explodirá feito um grande Pum”.

Naquela noite dormiram em paz e dando vários Puns.

O amor, os mistérios, as surpresas são feitas de Puns; sentimentos e sensibilidades aprisionadas em elevadores, trancafiadas em mundos particulares.

Apenas no Céu (ou no inferno?), os seres ditos humanos darão Puns sinceros e existenciais.

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Gilberto Motta é escritor, jornalista, professor/pesquisador e amante respeitoso dos Puns. “Põe pra fora que aqui tem mais espaço!”. Vive na Guarda do Emabú SC.

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