Como areia ao vento
O Sopro Divino Entre Nós
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Se seus olhos se fechassem,
e sua alma despertasse em seu lugar,
você veria que cada ser que passa por sua jornada
carrega não só passos,
mas tempestades no coração e luas escondidas na memória.
Há rostos que guardam auroras quebradas,
há gestos que nasceram da ausência do toque,
e há silêncios que choram em dialetos desconhecidos.
Os corações valentes também se desfazem
como areia ao vento,
na intimidade do que nunca é dito.
E o sorriso, por vezes, é uma vela acesa
na escuridão da alma,
uma ponte entre o caos e a esperança.
O Amor Maior — invisível aos olhos,
mas pulsante em cada sopro de compaixão —
caminha nas entrelinhas da existência,
acolhe as lágrimas que ninguém viu,
e escreve em silêncio
a poesia dos corações feridos.
Então seja brisa que afaga sem ferir,
seja jardim onde repousam os cansados,
seja horizonte que não limita,
mas convida.
Seja mãos que colhem em vez de julgar,
braços que envolvem como abraço de luar,
olhar que cura por simplesmente existir.
Porque talvez hoje,
na delicadeza do seu gesto mais simples,
seja você
a forma como o Amor decide iluminar
o caminho de alguém que se perdeu da luz.