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Quando

O vento me visita com murmúrios de ternura

Publicado

Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Francisco Filipino

O vento me visita com murmúrios de ternura,
traz em suas asas a melodia da tua voz,
sussurrando segredos que só o coração entende,
como se o tempo parasse para ouvir teu amor.

O vento me visita…
com o aroma da hortelã que veste minha pele,
como se teu nome fosse perfume,
e cada sopro, um afago invisível.
Ele me guia por caminhos onde tuas pegadas
são estrelas no chão,
e tua presença, um guardião silencioso.

O vento me visita…
com teu olhar refletido no meu,
como espelhos que se reconhecem,
em cada amanhecer que te contempla.

Ele me traz…
um amor que floresce entre almas,
nascido do silêncio compartilhado,
do pulsar que se alinha sem esforço.

O vento me visita…
com a mais doce sinfonia,
composta no compasso do desejo,
dedicada a ti,
como uma carta escrita no céu.

Ele me traz…
o sonho de tocar teus lábios,
como quem toca o horizonte com os dedos,
e descobre que o infinito tem sabor.

O vento me visita…
com a dança eterna do amor,
onde nossos corpos, em harmonia,
falam sem palavras,
num idioma que só o sentir conhece.

Ele me traz…
fragmentos do teu coração,
que reconstruo com cuidado,
para que repouse ao lado do meu,
e sejamos um só sopro,
um só céu.

O vento me visita…
com pedaços da tua aurora,
que costuro ao meu entardecer,
para que, no último suspiro,
nossas almas se encontrem
como dois rios que sempre souberam
que o mar era destino.

Hoje, quando abri a porta,
o céu se fundiu ao teu,
e o sol, cúmplice do nosso enlace,
nos presenteou com sua luz mais terna,
acariciando o instante que tanto esperei.

Porque num sonho tecido de magia,
o vento te trouxe até mim,
e eu, enfim,
soube o que é felicidade.

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