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Terrorismo em Brasília

Oficiais da PM rechaçam críticas a ação contra baderna

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva - Foto Fábio Rodrigues Pozzebom

A Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal saiu em defesa, nesta quinta, 15, da ação dos seus comandados para conter o tumulto provocado por “gangues terroristas”, conforme definido por representantes do governo de transição, na segunda-feira, 12.

Parte da culpa dos ‘eventos lamentáveis’, diz nota assinada pela Asof, deve ser atribuída, porém, à Polícia Federal, que deixou de informar aos órgãos de Segurança Pública de Brasília a prisão de um bolsonarista acampado nas proximidades do QG do Exército.

O entendimento é o de que essa falta de comunicação atrasou medidas preventivas, uma vez que, supõe-se, haveria retaliação. A tropa, ainda de acordo com os oficiais da PM, atuou de forma técnica com base na legalidade e em respeito à ordem constituída, para dispersar os manifestantes;

Leia a nota – Em virtude dos eventos lamentáveis ocorridos na noite desta segunda-feira, 12, em que manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal, na Asa Norte, com atos de violência e ateando fogo a veículos estacionados próximos ao local, e considerando ainda as críticas de órgãos da imprensa dirigidas à atuação da Polícia Militar na respectiva ocorrência, a Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (ASOF/PMDF) tem a declarar que a Corporação atuou de forma técnica, seguindo a doutrina operacional aplicada pela Tropa, com base na legalidade e em respeito à ordem constituída, para dispersar os manifestantes, seguindo o rito usual empregado do uso diferenciado e progressivo da força para preservar vidas e restabelecer, de forma gradativa, a ordem pública nos locais atingidos.

Além disso, a ocorrência de segunda-feira foi um fato isolado, criado em decorrência de uma prisão que não foi informada aos órgãos de Segurança Pública do Distrito Federal. Assim que a Corporação da PMDF foi informada do que estava acontecendo em uma localidade do Distrito Federal que, a priori, não constituía risco de vulnerabilidade a ataques externos, a Polícia Militar empregou todos os seus esforços para tentar ajudar a Corporação da Polícia Federal, que pedia por socorro.

A Tropa da PMDF que foi deslocada para a localidade da ocorrência tinha a missão de controlar o distúrbio, proteger vidas e o patrimônio público e privado do local. As prisões estavam em segundo plano, o que não foi possível fazer sem que a Corporação da PMDF colocasse em risco as vidas das pessoas que estavam nos hotéis, no shopping e também nas ruas, além do risco à integridade da própria Tropa que atendia à ocorrência.

Sendo assim, as críticas que a PMDF tem recebido da imprensa são infundadas, fruto da opinião de quem não conhece o procedimento operacional padrão da Corporação e de pessoas que não estavam no local para entender como deveria ser a atuação da PMDF para preservar vidas e garantir que a ocorrência não trouxesse baixas fatais de pessoas inocentes.

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