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Kosovares usam Hungria como ponte para UE e acabam presos

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Cerca de 8 mil imigrantes, a maioria proveniente do Kosovo, a ex-província ao Sul da Sérvia autoproclamada independente em 2008, foram detidos nos últimos seis dias após atravessarem ilegalmente a fronteira com a Hungria, informou nesta terça 10 a polícia húngara. Uma onda migratória começou a ser registrada nesta região do Sudeste da Europa desde o início de fevereiro. Em busca de uma vida melhor, os imigrantes do Kosovo pedem asilo aos países nos quais conseguem chegar.

As autoridades policiais húngaras explicaram que, nos últimos dez dias, foram detidos diariamente cerca de mil imigrantes ilegais provenientes do norte da Sérvia. Eles atravessam a fonteira da Hungria, porque o país faz parte da União Europeia (UE). A estimativa é que 90% dos imigrantes ilegais saiam do Kosovo. No entanto, a maioria deles pretende utilizar a Hungria como uma passagem em direção a outros países da UE.

O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban tem se mostrado um forte opositor à imigração econômica e o seu partido Fidesz (nacionalista conservador) prometeu adotar duras medidas para conter a onda migratória. Deputado de destaque do Fidesz, Antal Rogan defendeu uma alteração nas leis sobre imigração para que os imigrantes ilegais permaneçam sob detenção até a aprovação ou rejeição dos seus requerimentos.

Segundo números oficiais, a Hungria registou 43 mil pedidos de asilo em 2014, comparados aos 2,2 mil em 2012. As proporções desde novo êxodo não param de aumentar desde dezembro e também atingem a Bósnia-Herzegovina, ex-república iugoslava que continua a tentar aplicar sem sucesso reformas políticas e econômicas que permitam o seu desenvolvimento e uma aproximação à UE.

Os dados do ministério do Interior kosovar indicam que 24 mil pessoas abandonaram o país entre janeiro e novembro de 2014. Desde então, 50 mil pessoas optaram por também sair do território. Com 1,8 milhão de habitantes, nos últimos 12 meses, 4% da população total de Kosovo saiu do pequeno país, que continua a não ser oficialmente reconhecido pela Sérvia e outros Estados, incluindo cinco membros da UE.

A Bósnia-Herzegovina enfrenta um problema semelhante, com 60% dos jovens manifestando interesse em emigrar em busca de prosperidade, após mais de 150 mil  terem deixado o país desde o final da guerra civil, há duas décadas. Na Bósnia, 27% dos 3,8 milhões de habitantes vive na pobreza.

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