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Passando o trator

Olá, produtor! Pode plantar, que tem estrada para escoar

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Saulo Araújo

A eficiência no escoamento da produção agrícola no Distrito Federal passa pelas boas condições de tráfego das estradas rurais.

A fim de garantir que caminhões levem produtos de qualidade do campo para a cidade sem contratempos, o governo de Brasília intensificou as obras nas principais rotas próximo a áreas produtoras de grãos, hortaliças, carnes e outros gêneros.

O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) é o responsável pela recuperação dos 814,6 quilômetros de estradas rurais dentro do território do DF.

Nos primeiros sete meses de 2017, 865 quilômetros de pistas foram patroladas — quando máquinas abrem, nivelam e limpam o terreno —, e outros 629 quilômetros receberam cascalho.

Os números de intervenções são maiores do que o tamanho total de pistas não pavimentadas porque é comum que um mesmo trecho receba até cinco serviços por ano.

Os 32 quilômetros da DF-250 — que liga o Programa de Assentamento Dirigido do DF (PAD-DF), no Paranoá, a Minas Gerais — por exemplo, já passaram por quatro revitalizações somente em 2017.

Além disso, 1.240 placas de sinalização foram colocadas ou substituídas em áreas rurais, e sete pontes passaram por reformas.

Na DF-310, próximo ao Núcleo Rural Rajadinha, em Planaltina, uma importante via para o transporte de milho e soja passa por processo de rebaixamento de pista.

Veículos de grande porte e pesados encontravam dificuldades para subir a estrada de chão, muito íngreme. Há uma semana, a equipe do DER-DF iniciou o trabalho de nivelamento de cerca de 600 metros de pista.

A terra retirada da DF-310 é reaproveitada em outro trecho, a 4 quilômetros dali, na VC-173. Ela é misturada ao cascalho e assentada por motoniveladeiras, processo que torna o solo plano e que, consequentemente, facilita o deslocamento de veículos.

O caminhoneiro Heber Medeiros, de 36 anos, que transporta ração de frango pela VC-173 pelo menos três vezes por semana, reconhece a melhoria. “Agiliza demais a vida da gente que tem horário a cumprir”, observou.

Para o agrônomo José Carlos Sales, de 23 anos, o zelo com as estradas rurais reflete diretamente no comportamento da economia. “Quando se preocupam em recuperar acessos de escoamento de produções familiares, contribuem demais para o desenvolvimento da região”, ressaltou.

Em junho, o DER-DF reinaugurou a ponte de 17 metros sobre o Ribeirão Extrema, no Núcleo Rural Rio Preto, também em Planaltina. A obra beneficiou cerca de 1,5 mil moradores e pequenos produtores rurais da localidade.

A revitalização de estradas rurais tem outro propósito: ser mais uma ferramenta no combate à crise hídrica na capital do País.

Em julho, os acessos na área do Alto Descoberto receberam melhoria. Na região da Chapadinha, em Brazlândia, foram construídas 48 bacias de contenção para armazenar água da chuva e evitar erosões na estrada.

Esses bolsões erguidos na cabeceira da pista também servem de barreira para conter o transporte de sedimentos, como pedras, gravetos e resíduos de solo soltos, para as nascentes.

O superintendente de Obras do DER-DF, Vilton Gonzaga, explicou que em função da crise econômica o órgão tem trabalhado com inteligência para tornar mais eficiente o emprego de recursos e de mão de obra em estradas rurais.

Ele destacou a introdução de um sistema que traça um cronograma de atividades a serem implementadas baseadas nos recursos disponíveis.

O DER-DF também tem oferecido mais cursos de reciclagem aos servidores. Em todo o ano de 2016, 180 passaram por algum tipo de aperfeiçoamento. Somente no primeiro semestre de 2017, foram 260.

“Basicamente, o servidor vai saber qual é a melhor intervenção para determinada estrada, processo que melhora a eficiência e evita gastos desnecessários”, diz Vilton Gonzaga.

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