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Fazer o quê?

Óleo melhora o colesterol, mas facilita inflamações

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Sara Abdo

Óleos vegetais como canola, milho, soja e semente de girassol são uma alternativa industrial às gorduras naturais, como manteiga e banha de porco, associadas ao aumento de colesterol no corpo. Na fórmula do componente não há colesterol, mas estudos apontam que o maior consumo do óleo aumentou a incidência de Ômega 6 no corpo, o que é associado a inflamações, a maior causa de doenças crônicas e causadoras de morte.

O fato de o óleo vegetal não ter colesterol ajuda na redução desse componente no corpo. Mas, por outro lado, o óleo aumenta a mortalidade na medida em que é rico não só em Ômega 6, como também em gordura trans (gordura hidrogenada). Esse tipo de gordura aumenta a presença de radicais livres no sangue, o que promove câncer e doenças cardíacas, como afirma o especialista em nutrição clínica, Josh Gitalis.

Rodrigo Polesso, especialista em nutrição otimizada, relativiza o risco da gordura saturada e os riscos do óleo vegetal. Ele lembra que o Ômega 6 é um nutriente natural do corpo, mas que se ingerido na quantidade que tem sido após a popularização do óleo vegetal, passa a ser um problema devido a seu teor inflamatório.

“Há um balanço natural entre Ômega 6 e Ômega 3, mas quanto maior o consumo de óleo vegetal – e a população ainda abusa do óleo em todas as refeições -, menos balanceada fica a relação entre Ômega 6 e Ômega 3, sendo este um fato anti-inflamatório”. Hoje há uma relação de 20 Ômega 6 para 1 Ômega 3. A relação ideal varia de 2:1 a 4:1.

Para Polesso, o óleo vegetal ainda é consumido porque a população segue com medo da gordura. “As pessoas ainda acreditam que a

margarina é mais saudável que manteiga porque não tem gordura saturada e não aumenta o colesterol”, avalia Polesso.

“O óleo vegetal não é natural. É um processo industrial para tirar óleo de algo que não tem óleo”, afirma Polesso. “A indústria coloca a semente/grão sob um longo processo, transformando-o em algo que nada tem a ver com o alimento original”. O especialista lembra que se um milho for comprimido não sairá óleo dele. “Se quiser usar óleo vegetal, melhor linhaça, mas não é comum”.

Solução – Polesso recomenda que se substitua os óleos de canola, milho, soja, semente de girassol e margarina por banha de porco, óleo de coco, ghee (manteiga clarificada) e óleo de linhaça, quando for possível. Por serem mais naturais, esses alimentos têm menos conservantes e são mais bem aceitos pelo corpo.

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