Criança traumatizada
Olha aqui, dona polícia, deixe de ser animal raivoso e faça seu papel
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Eu não sei em que mundo algumas pessoas vivem. Mas, no meu, cuidar de crianças não é tarefa exclusiva da família. É uma responsabilidade coletiva. Está na lei. Não é interpretação, não é opinião. Está escrito com todas as letras na Constituição e reiterado no Estatuto da Criança e do Adolescente: é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos da criança e do adolescente.
Dito isso, me causou profunda indignação e revolta saber do episódio ocorrido nesta semana envolvendo policiais civis do Distrito Federal, que traumatizaram uma criança de apenas cinco anos durante uma abordagem absurda, truculenta e completamente desproporcional ao pai do menino. Um acidente de trânsito sem vítima, na asa norte, envolvendo uma viatura descaracterizada, e a reação foi um espancamento. Covarde. Injustificável.
As imagens circulam e falam por si. O cidadão não cometeu crime algum. Foi agredido sem chance de defesa. Só isso já configura abuso de autoridade. Mas o que me tira o chão é o que veio depois: levar esse homem para a delegacia e deixar uma criança de CINCO anos sozinha na rua. Abandonada. Apavorada. A imagem dessa cena deveria envergonhar qualquer um que ainda tenha um pingo de humanidade.
Que tipo de formação esses policiais receberam? Em que realidade institucional o protocolo permite que uma criança seja tratada com tanto descaso? Que sejam exemplarmente punidos. Todos os envolvidos. Porque o que fizeram não é apenas um erro. É uma violação gravíssima dos direitos mais básicos de uma criança.
Cuidar das nossas crianças não é opcional. É obrigação. De todos nós.