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Palestinos promovem êxodo após novos bombardeios em Gaza

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Mais de 17 mil pessoas já deixaram suas casas em Gaza e procuraram refúgio junto à ONU após o início da ofensiva israelense na região, segundo a organização.

De acordo com autoridades locais, 172 palestinos morreram desde a última terça-feira. O governo de Israel justifica a ofensiva militar como uma retaliação aos ataques contra território israelense a partir da Faixa de Gaza.

Segundo o governo de Israel, mais de 1.000 foguetes foram disparados pelo grupo palestino Hamas no período.

Pelo menos três israelenses ficaram gravemente feridos com os ataques, mas não houve mortes no lado israelense.

Os ataques na região aumentaram após o sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses em junho e, na sequência, a morte de um adolescente palestino em Jerusalém, supostamente por vingança.

A ONU estima que 77% das pessoas mortas em Gaza sejam civis. No entanto, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), tenente-coronel Peter Lerner, contestou os números, dizendo que eles foram baseados em fontes do Hamas e não são objetivos.

Lerner disse à BBC que Israel chegou a abortar ataques por medo de matar civis.

Israel diz que seus alvos são os militantes do Hamas e “locais terroristas”, incluindo as casas dos agentes seniores.

“Não queremos prejudicar os civis em Gaza, mas eles devem saber que permanecer próximo aos terroristas e à infraestrutura do Hamas é extremamente perigoso”, informaram as Forças de Defesa de Israel.

O porta-voz da ONU para refugiados palestinos, Chris Gunness, disse no Twitter que a agência tinha dobrado suas vagas para pessoas deslocadas, passando de dez mil para vinte mil.

Enquanto isso, cerca de 800 palestinos que possuem dupla cidadania começaram a deixar Gaza pela passagem de Erez.

No entanto, Sawla el Tibi, moradora de Gaza, disse à BBC que era muito perigoso deixar sua casa. “[Não há] Nenhuma segurança para andar na rua … toda a Faixa de Gaza está em chamas agora”, disse ela.

O representante da Autoridade Palestina no Reino Unido, Manuel Hassassian, disse à BBC não havia lugares para moradores de Gaza se esconderem.

“Não há abrigos, bunkers, nenhum lugar para ir, exceto suas casas”, disse ele. “Se eles saírem de suas casas, serão atingidos na rua.”

Na manhã deste domingo, os ataques aéreos israelenses destruíram a maioria das sedes de segurança e delegacias de polícia que eram comandadas por militantes islâmicos do Hamas.

Nesta segunda-feira, a operação entrou em seu sétimo dia. Israel afirma que abateu um drone palestino perto Ashdod pela manhã.

Antes, milhares de pessoas haviam fugido do norte de Gaza após militares israelenses lançarem panfletos sobre a cidade de Beit Lahiya avisando sobre ataques iminentes.

Também nesta segunda-feira, segundo a agência de notícias AFP, ataques aéreos israelenses atingiram três instalações de treinamento do braço militar do Hamas e edifícios na cidade de Gaza, causando ferimentos.

Do outro lado, um foguete disparado de Gaza atingiu a infraestrutura de eletricidade em Israel que fornecia energia para Gaza, cortando a energia de cerca de 70.000 pessoas, de acordo com o Exército israelense.

Já o norte de Israel foi atingido por foguetes disparados do Líbano, levando a artilharia de Israel a responder.

Chanceleres árabes devem se reunir no Cairo na segunda-feira para discutir a crise.

Em meio a advertências sobre uma invasão terrestre, Israel tem reunido milhares de tropas na fronteira com Gaza. No domingo, comandos israelenses realizaram sua primeira incursão terrestre, atacando um suposto local de lançamento de foguetes.

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