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Vez das cabanas

Pandemia empurra muita gente para o campo

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

Em tempos de pandemia, está todo mundo querendo trocar a selva de pedras por uma casinha no campo, de madeira que seja (vá lá, preferencialmente, para alguns). É que a Covid estreitou a distância entre o rural e o urbano, com moradas campestres oferecem praticamente as mesmas comodidades da vida nas grandes cidades. Isso sem falar do contato mais íntimo com a natureza.

O engenheiro agrônomo Ricardo Afiune observa que não se trata apenas de fugir do urbano. “O que meus clientes buscam é viver uma experiência de verdadeira imersão no meio natural”, afirma o profissional, que tem um escritório de arquitetura voltado inteiramente para desenvolvimento e implantação de cabanas construídas com madeiras certificadas.

No catálogo d de Afiune são quatro os modelos disponíveis, com metragens de 9 a 41 m², adaptáveis à topografia de cada terreno. “Muitos dos interessados possuem uma casa construída, mas querem uma cabana para relaxar, meditar. Ou, o que é bastante comum nos últimos tempos, para trabalhar”, pontua.

Ele cita como exemplo a terapeuta transpessoal Cadime Almeida, que encomendou uma cabana de 20 m² para ser construída nos fundos de sua casa, na Serra da Cantareira, zona norte de São Paulo.

“Com duas filhas pequenas e comigo e o meu marido trabalhando em casa, a ideia inicial era dispor de um espaço para funcionar como home office, que eventualmente pudesse ser também utilizado como quarto de hóspedes. Mas, no final, gostei tanto do resultado que ela acabou se transformando em meu consultório”, relata ela.

“Sempre me interessei por tudo o que diz respeito à natureza. Dentro da minha cabana, me sinto mais próxima dela. O eucalipto que vejo lá fora, pela janela, está também aqui dentro, presente nas paredes. Isso me faz bem. E não só a mim. Meus clientes não cansam de elogiar”, descreve Cadime. “Assim como nos preocupamos com a reciclagem do lixo, com um consumo mais consciente, me parece natural que na hora de construir também optássemos por um processo mais sustentável”, completa a terapeuta.

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