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Rio Grande do Norte

Papa faz de santos os mártires de Cunhaú e Uruaçu

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Carolina Paiva, Edição

A Igreja tem 35 novos santos, dos quais 30 são brasileiros. Eles foram vítimas de um massacre em 1645, no início da ocupação holandesa no Nordeste.

Em cerimônia presidida pelo papa Francisco na manhã deste domingo (15), na Praça São Pedro, foram canonizados os mártires de Cunhaú e Uruaçu, no Rio Grande do Norte, os protomártires do México – considerados os primeiros mártires do continente americano -, além do sacerdote espanhol Faustino Míguez, fundador do Instituto Calasanzio, das Filhas da Divina Pastora, e do frade capuchinho italiano Angelo d’Acri.

Após ser cantado o Veni Creator, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, acompanhado pelos postuladores das causas, dirigiu-se ao papa pedindo que se procedesse à canonização dos beatos, com a leitura de seus nomes e de uma breve biografia deles. Após cânticos e orações, Francisco leu a fórmula de canonização.

O processo de canonização durou 15 anos e chegou à Congregação das Causas dos Santos por intermédio do cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo.

Cerca de 500 peregrinos, incluindo delegações oficiais da Igreja e do governo federal, foram a Roma para assistir à cerimônia de canonização. Os 30 santos de Cunhaú e Uruaçu foram martirizados em julho e outubro de 1645, durante a ocupação holandesa no Rio Grande do Norte.

Aliados dos colonos portugueses, que lutavam para retomar o Nordeste dos invasores holandeses, os mártires foram vítimas de massacres em 1645. Foram mais de 150, mas a Igreja só está canonizando os 30 que puderam ser identificados pelo nome ou por referências fidedignas, como parentes ou amigos daqueles que puderam ser reconhecidos. Entre eles, havia crianças que foram trucidadas nos braços das mães.

Os santos do Rio Grande do Norte foram martirizados um ano e dois meses depois de o conde Maurício de Nassau, governador de Pernambuco e capitanias vizinhas, ter voltado para a Europa, em maio 1644. Com sua saída, os invasores holandeses, na maioria calvinistas, proibiram celebrações e reuniões nas igrejas. Exigiram ainda que os católicos renegassem a fé e se convertessem para não serem mortos.

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