Lambda
Para entender mistério e magia no voo dos pássaros
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A palavra lambda soa estranho no bom português. Também pudera, pois o termo é de origem grega e possui vários significados, em diferentes contextos. Na física, lambda é uma constante que representa a taxa de decaimento de partículas subatômicas; em matemática representa uma função anônima ou uma variável, e em programação, lambda é usada para criar linguagens como Python e Java. Só para citar alguns. No contexto biológico lambda assume ar de mistério e magia no vôo dos pássaros.
Antes de ser uma palavra, lambda “λ” é a 11ª letra do alfabeto grego, e o seu formato de flexa, num toque de magia, remete ao vôo das aves migratórias, cuja configuração do bando otimiza o esforço coletivo de voar, permitindo ao grupo dos pássaros singrar os ventos e massas de ar com precisão cirúrgica.
A formação em “V” adotada pelas aves migratórias, como gansos, pelicanos e patos é, além de um espetáculo visual da Natureza, um exemplo sofisticado de cooperação entre indivíduos de uma mesma espécie, para maior entrosamento dos indivíduos e eficiência aerodinâmica. A organização do passaredo em “V” de vitória, garante longas travessias oceânicas e continentais, que pode levar dias sem uma única parada para descanso e repor as energias das aves.
Experimentos científicos revelaram que os pássaros posicionados na retaguarda da formação em V possuem pulsos cardíacos mais lentos que os da frente, e batem as asas com menos frequência, afim de se manterem na zona de conforto. O pássaro líder, que enfrenta maior resistência do ar, e empreende maiores esforços, é regularmente substituído por outros membros do bando, em um sistema rotativo que favorece a cooperação. Os pássaros que viajam atrás, uma vez descansados, substituem os da frente no comando. Quanto à direção a seguir e a escolha do local de pouso para nidificação e reprodução permanece em segredo o milagre da Criação.
Além do aspecto físico, a formação em “V” também tem função organizacional. Ela facilita a comunicação visual entre os membros do grupo, otimizando a coordenação durante o voo e acionando mudanças rápidas de direção.
Tal procedimento do bando prova o conceito da conservação de energia: as aves se revezam na liderança: enquanto as de trás assumem a dianteira, as ponta-de-lança se deslocam para a retaguarda. Os mais novos, por serem inexperientes, raramente se posicionam na frente, visto que são incapazes de manter as altas velocidades exigidas no exercício da liderança, com alto risco de atrasarem o bando inteiro. A formação em “V”, portanto, é um exemplo marcante de como a Natureza favorece o comportamento coletivo inteligente em benefício de todo o grupo.
Por efeito demonstração, as esquadrilhas de aviões militares economizam combustível ao adotar a formação dos pássaros, em lambda.
No significado esotérico, lambda simboliza mudança e transformação. A letra lambda possui uma longa trajetória que transcende seu uso linguístico e matemático, alcançando interpretações simbólicas e esotéricas nas tradições ancestrais. No contexto esotérico e filosófico, lambda representa equilíbrio, direção e luz. A forma triangular ascendente é interpretada por diversas escolas herméticas como um símbolo de ascensão espiritual e ordem cósmica. Entre os ocultistas pitagóricos, a letra “λ” é associada à harmonia e à proporção.
A posição central de lambda no alfabeto grego (a décima primeira de vinte e quatro letras) também a coloca como símbolo de equilíbrio entre os opostos, fazendo dela uma marca de mediação e síntese.
No misticismo cristão primitivo e em certos ramos da cabala grega, lambda simboliza a “luz da verdade”, dado que a sua forma aponta para cima e remete à busca pelo Divino. Por isso, alguns manuscritos antigos ligam lambda ao Logos, o princípio racional e criador do Universo.
Assim, lambda não é apenas uma letra. É um arquétipo gráfico e fonético que atravessa culturas como um signo de aprendizado, ascensão e ordem interior. Seu uso em contextos esotéricos reforça a ideia de que símbolos simples podem carregar significados profundos e universais, despertando tanto o intelecto, quanto a intuição e a vontade de realizar.
Aos mais crentes nas artes da Magia é sugerido o uso do lambida como talismã, na forma de quadros, brincos, colares, anéis, tatuagens, ou sigilos que representem intensamente a sua força sobrenatural.
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Giovanni Seabra – @giovanniseabra.esoterico é Grão-Mestre do Colégio dos Magos e Sacerdotisas – @colegiodosmagosesacerdotisas
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