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Vá colher

Parques viram pomares com frutas para todo gosto

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Jade Abreu

Começaram mudas. Aos poucos, ganharam formas e tamanhos. Desenvolveram caules, flores e deram frutos. Ao ventar, não há silêncio nem quietude. Esbanjam beleza e conforto para quem quiser aproveitar a sombra. As árvores frutíferas de Brasília ostentam uma diversidade de sabores. Há cerca de 900 mil delas espalhadas pelas regiões administrativas.

No pomar brasiliense, o cidadão pode colher goiaba, provar manga, levar jaca, catar amoras e aproveitar outros tipos de frutos que compõem a flora local. Segundo a Novacap, há pelo menos 200 mil mangueiras em áreas públicas do Distrito Federal.

O objetivo era usar as árvores para decorar os espaços urbanos, e o que era para ser apenas enfeite se tornou mais um atrativo. “A mangueira é uma planta bem ornamental, bonita, e se adapta ao clima da cidade, além de ser resistente à chuva”, afirma o chefe do Departamento de Parques e Jardins da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Rômulo Ervilha. Por esses motivos, esse tipo de árvore foi muito utilizado na época da construção de Brasília.

Ervilha conta que as primeiras mangueiras trazidas para fazer parte dos jardins de Brasília foram plantadas na Quadra 302 da Asa Sul. A árvore era comum nas antigas fazendas que ocupavam o Planalto Central. Moradores também levaram mudas da planta para perto das casas.

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A enfermeira Soraia Nascimento, de 32 anos, estava de passagem pelo Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek quando decidiu colher algumas delas. “Lembrei-me da minha infância, quando eu tinha o costume de chupar manga no pé da árvore.” Para Soraia, é um diferencial de Brasília a presença de tantas árvores frutíferas à disposição dos moradores.

A jaca é outra fruta que aparece com frequência em Brasília. No Cruzeiro, inclusive, há a Avenida das Jaqueiras, via que separa a região administrativa do Sudoeste. Esse tipo de árvore também compõe a paisagem de Águas Claras, do Lago Norte, do Lago Sul, do Plano Piloto e de Sobradinho.

Pés de jambo fazem parte do cenário de Águas Claras, de Ceilândia, do Lago Norte, de Taguatinga e do Plano Piloto. O jambeiro é encontrado no Cerrado e na Mata Atlântica, e os frutos costumam aparecer nos primeiros cinco meses do ano.

Típica da região, a cagaita aparece no Lago Norte e no Plano Piloto. Nessas regiões administrativas, assim como em Águas Claras, ainda é possível encontrar amoreiras.

Limoeiro, goiabeira, tamarindo, cajueiro, jabuticabeira, pequizeiro e pitangueira também estão nas áreas verdes de Brasília. O Parque da Cidade reúne a maior diversidade de plantas em áreas públicas. No local, tamareiras, típicas do Oriente Médio, dão frutos que podem ser coletados pela população.

De acordo com Rômulo Ervilha, o trabalho da Novacap com as frutas é plantar e podar. “A gente faz mais o plantio tipo ornamental e paisagístico. Não é como cuidar de fruta para o comércio.”

Ervilha garante que as árvores do DF não têm agrotóxicos ou outros tipos de conservantes. “Aqui não vai nem adubo, mais orgânico que isso não sei”, brinca. A companhia planta em média 100 mil mudas por ano. Desse total, cerca de 15% são frutíferas.

As árvores foram colocadas, inicialmente, para enfeitar Brasília. Essa decoração faz parte do cotidiano dos moradores. Em todo o ano, é possível ter acesso a diferentes produções da safra candanga. As frutas do pomar público compõem a mesa do brasiliense.

Agência Brasília

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